quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Samarco contratou plano de emergência contra desastres, mas nunca usou Empresa especializada diz que Samarco ignorou plano de emergência elaborado em 2009, que poderia ter ajudado a evitar o acidente ou reduzido efeitos da tragédia

 Gustavo Werneck
Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação

A adoção de um plano de emergência, há seis anos, teria salvado a vida de trabalhadores da mineradora Samarco e moradores do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central, além de evitado a destruição do meio ambiente e os graves impactos na economia mineira e do Espírito Santo. Naquele ano, a empresa RTI (Rescue Training International), com sede em Bragança Paulista (SP), contratada pela Samarco, elaborou um plano estratégico vasto, prevendo a proteção aos funcionários e comunidades, no caso de rompimento de uma barragem, conforme ocorreu com a do Fundão, em 5 de novembro. “O plano de ação nunca foi posto em prática”, lamenta o diretor da RTI, Randal Fonseca.
Segundo Fonseca, especialista em emergência, o programa abrangia unidades do grupo de mineração no Espírito Santo, no Pará e em Mariana. “O documento é muito extenso, não se esgota em 20 páginas, e incluía até o treinamento da população no caso de precisar sair com segurança do local”, explica. “Sei que não foi implementado por uma crise econômica. Depois, foi substituído por outro não tão completo”, acrescenta Fonseca. A proposta incluía ainda obra civil, especialmente com relação aos diques das barragens.

Em 2012, a RTI apresentou novo plano, dessa vez de emergências médicas, com informações complementares, como a retirada de cadeirantes das áreas de risco, mas também foi aposentado pela direção do grupo de mineração. Nesse segundo documento, havia mapeamento da região, mas sob a ótica de emergência médica. O empreendimento, conforme advogados, teria ignorado também o que dispõe a lei federal 12.334, de 20/9/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens.

O trabalho apresentado há seis anos, segundo Fonseca, abrange todos os pontos da gestão numa situação de risco coletivo. “O problema não diz respeito apenas à empresa, mas a todos os envolvidos. Se a empresa conseguiu um alvará (licença de operação), vários órgãos são responsáveis”, acredita.

Leia mais notícias em Brasil

Sem prática

Em 16 de abril de 2014, a Samarco apresentou à Superintendência Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Região Central Metropolitana (Supram-CM) plano de contingência em caso de risco ou acidentes, especialmente com relação à comunidade de Bento Rodrigues. O documento, para autoridades ouvidas pelo Estado de Minas, “não surtiu efeito prático, sendo feito apenas para inglês ver, e muito diferente do plano de emergência elaborado em 2009, que era mais completo”.

Uma frase do Programa de Ações Emergenciais de Barragens (PAE) da Samarco, a que o EM teve acesso, resumiria bem a responsabilidade da empresa: “A Samarco atua antes que o evento ocorra, para assim evitar possíveis danos ou impactos”.

No documento entregue à Supram, a mineradora diz que “a responsabilidade por avisar e remover as pessoas em risco iminente é da Defesa Civil”. Segundo o tenente-coronel Ronilson Caldeira, da Coordenadoria da Defesa Civil Estadual, porém, é de competência da empresa avisar à população sobre um rompimento no entorno da barragem, local em que os órgãos estaduais não podem chegar com rapidez.

Explicação
A Supram informa que a condicionante “Apresentar Plano de Contingência em caso de riscos de acidentes” foi apresentada no processo da Licença de Operação da Barragem de Fundão, em 2009. No entendimento da gestão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) na época, a condicionante foi cumprida. Contudo, a análise dos estudos de segurança de barragem é competência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O EM não teve resposta do DNPM sobre o assunto.

A Samarco afirma ter um Plano de Contingências, aprovado pelos órgãos competentes. E mais: “O plano foi cumprido pela Samarco, que prontamente mobilizou Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Mariana e, em conjunto, estão realizando as ações de resgate e auxílio de vítimas do acidente”.

AS FALHAS DA EMPRESA

1) Falta da adoção de plano de emergência para retirar a população de Bento Rodrigues

2) Não houve treinamento da população para reagir a um possível o rompimento de barragem

3) Moradores foram comunicados por telefone logo após o rompimento. Muitos números estavam desatualizados. Só agora a Samarco instala sirenes

4) Empresa não pôs em prática plano de ação emergencial elaborado em 2009, que trata da proteção aos trabalhadores, comunidade, meio ambiente

5) Plano para emergências médicas elaborado em 2012 por empresa contratada foi ignorado

6) Plano de Ações Emergenciais de Barragens, apresentado à Supram no ano passado, é considerado frágil por especialistas e também não foi posto em prática

Banqueiro André Esteves é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro Ele foi detido na manhã desta quarta-feira (25) na casa da família. Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, também foi preso.

André Esteves foi preso no Rio de Janeiro (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)André Esteves foi preso no Rio de Janeiro (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)
O banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (25), na casa da família, no Rio de Janeiro. A PF também prendeu o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado.
De acordo com as informações, ele foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. Até as 8h20, a PF não tinha informado o motivo da prisão do banqueiro André Esteves.
O chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, também foram presos pela PF nesta terça.
O senador teria tentado dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Scrambler, Bonneville, R ninet e Forty-Eight: moda retrô pega nas motos

A chegada ao mercado brasileiro da Ducati Scrambler, da Harley-Davidson Forty Eight atualizada e das inéditas Triumph Bonneville reforça um segmento que mostra grande vigor em todo mundo. Aqui, ao que parece, não está sendo diferente. 
Tais motos se caracterizam por ter um visual mais essencial, antiguinho até, mas que trazem tecnologia alinhada às mais modernas máquinas da atualidade. Moda passageira ou não, o fato é que este gênero de motos está cada vez mais na “wish list “ de um variado rol de motociclistas. 
Importante alertar que estas motos citadas assim como a BMW R nineT, disponível no Brasil há mais de um ano, e a Royal Enfield Continental GT que deverá pisar no Brasil ainda em 2016, não são exatas réplicas de modelos do passado. Em alguns casos, Ducati Scrambler Triumph Bonneville, são reinterpretações atualizadas de motos de mesmo nome fabricadas no passado. H-D Forty Eight, BMW R nineT e Royal Enfield Continental GT são criações atuais em esquema saudosista. 
DUCATI SCRAMBLERDucati Scrambler Sixty2Curioso lembrar que quase 50 anos atrás, quando chegou ao mercado, a Ducati Scrambler original não chamou grande atenção e tampouco representou um “case” de sucesso. Na verdade foi o tempo que se encarregou de dar à ela um status de “cult bike” e ser perseguida por colecionadores. A atual “sede” pelo estilo Scrambler – nome que determina motocicletas que podem rodar tanto no asfalto quanto em estradas ruins – e por tudo que pareça vintage estimulou o renascimento da novidade reinterpretada.

Será difícil errar se dissermos que ela será um sucesso entre nós como está sendo no resto do planeta, inclusive porque é a linha mais acessível da marca italiana. Além da Scrambler 800, o país vai receber a versão de menor cilindrada, chamada de Sixty2, e que fez estreia no Salão de MIlão. 

TRIUMPH BONNEVILLE
Outra motocicleta que segue esta mesma vertente para conquistar clientes – cara de antiga com alma moderna – são as Triumph Bonneville, que no entanto são mais fiéis às origens, mas nem tanto…. A Ducati Scrambler original dos anos 1960 tinha um motor de um cilindro com 450cc. Triumph Bonneville T120
A atual recebeu um moderníssimo bicilíndro em V de 802 cc e a versão menor um bicilindrico de 399 cc. Na Triumph os ingleses optaram por mais tradicionalismo e assim as Bonneville atuais também são empurradas por um motor de dois cilindros paralelo como a velha “Bonnie do fim dos anos 1950. O que mudou foi o tamanho: agora ha motores de 900 e 1.200 cc contra os parcos 650cc da primeira destas Triumph de 1959. 
BMW R NINET
BMW R nineT Scrambler
Alemães também se renderam ao gosto do mercado com uma interpretação bem particular da tendência, mas em vez de reproduzir uma de suas clássicas motos da série R, fabricadas com mínimas alterações estéticas dos anos 1920 até praticamente 1950-1960, a BMW preferiu um caminho mais parecido com o da Ducati. 

A R nineT é uma roadster no melhor estilo Café Racer, essencial e atraente justamente por isso: farol, guidão, tanque banco e motor se apoiam a uma esturura mínima valorizando o motorzão (1.170cc), o mais moderno dos boxer refrigerados a ar, arquitetura idêntica à das mais tradicionais BMW. Porém, nunca hove nada nem sequer parecido na linha da marca alemã no passado. E sua linha acabou de crescer com a chegada da R nineT Scrambler, lançada no Salão de Milão.
HARLEY-DAVIDSON FORTY-EIGHT
Tradicionais por excelência, todas as Harley-Davidson poderiam ser encaixadas em maior ou menor grau neste gosto por motos novas com ar antigo. Mas uma delas em particular se destaca neste ambiente, a Forty-Eight, cujo design limpo lembra as motos do imediato pós-guerra, as H-D do exército norte-americano que vendidas a preço de banana eram depenadas de todo o aparato supérfluo, Tais máquinas resultaram no estilo Bobbers. Mais caprichada no quesito suspensões na versão para 2016, a Forty-Eight é outra moto que, como todas acima, tem sabor de velhos tempos.Harley-Davidson Forty-Eight
Curiosidade: ela se chama Forty-Eight, quarenta e oito em inglês, em alusão à introdução do tanque estilo “peanut” na linha da marca norte-americana. 
ROYAL ENFIELD CONTINENTAL GT
Prestes a chegar – melhor dizendo voltar – é a quinta e última marca de motos modernas/antigas de nossa listinha, a lendária Royal Enfield, uma das mais emblemáticas marcad na épca em que os ingleses davam as cartas na indústria da moto. As Royal Enfield já foram vendidas no Brasil por um curto período, via importador independente, há poucos anos atrás. Contudo, estas clássicas motocicletas estão prestes a serem recolocadas no mercado pela própria Royal Enfield, atualmente uma empresa de capital indiano. 
Desde os anos 1950 a gigantesca Índia contava com as Royal Enfield, fabricadas localmente por uma subsidiária para abastecer principalmente a polícia e o exército indiano. A fábrica inglesa fechou em 1971 mas a marca sobreviveu na Índia. Recentemente uma injeção de capital levou à atualização dos modelos em termos técnicos, mas o estilo e arquitetura tradicionais foram mantidos. Royal Enfield Continental GT
Entre todas Royal-Enfield o modelo mais elegante é a Continental GT, uma café racer pura, com motor monocilíndrico de 535cc. O visual não deixa dúvidas quanto o respeito às origens, porém, signo dos novos tempos é a alimentação do motor por injeção eletrônica Keihin em respeito às normas antiemissões e – ainda bem – a garantia de apertar o botão de partida e ouvir o motor acordar, coisa que nos parece óbvia atualmente, mas que não era algo tão comum assim de acontecer nas Ducati Scrambler, Triumph Bonneville, antigas H-D, Royal Enfield ou BMW alimentadas por mal-humorados carburadores dos modelos originais. O gosto pelo antigo está, felizmente, limitado ao estilo e não ao funcionamento problemático do passado.

Barão dos postos no DF preso nesta terça (24/11) pagou US$ 2 milhões para casar o filho em castelo nos EUA Festa de casamento do filho de Antônio José Matias teve direito a paredes de orquídeas e bar feito de gelo, com shows de DJ português e do Jota Quest

Rafaela Felicciano/Metrópoles
A operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que revelou o esquema de cartel no DF e no Entorno colocou em evidência os maiores empresários do ramo de combustíveis da capital do país. Um deles, Antônio José Matias de Sousa, está entre os mais poderosos dos sete presos. Sócio da Rede Cascol, aparece ainda como procurador de construtoras, de incorporadoras e de um motel. No nome dele, também consta um escritório de contabilidade em Sobradinho.
Preso na manhã desta terça-feira (24/11), Matias mora em uma luxuosa casa na QL 10 do Lago Sul. Apesar de controlar 30% da rede de combustíveis do DF, com 92 postos, ao lado de três sócios, o empresário possui como bens móveis apenas dois reboques — um de 1995 e o outro de 1998. Isso, porém, não condiz com a vida luxuosa que o investigado pela PF e pelo MP leva.  
Em 2012, Antônio Matias casou o filho Phellippe Mathias e a nora Yara Wassita Cavalcante em Nova York. A cerimônia, no castelo Oheka Castle, em Huntington, a 45 minutos de Manhattan, atraiu 400 convidados e teve apresentação do DJ português Pete Tha Zouk e show da banda Jota Quest, entre outros. Paredes de orquídeas e um bar feito de gelo fizeram parte da decoração.
Entre os presentes, a maioria de Brasília, estava o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). O político é casado com Karina Rosso, tia da noiva. Uma reportagem da Folha de S. Paulo, publicada em outubro de 2013 revelou que a festa, de acordo com os organizadores, custou cerca de US$ 2 milhões.
HistóricoParaibano de Coremas, o empresário Antônio Matias tem 76 anos e começou a trabalhar em Brasília como funcionário de uma construtora, ainda na concepção da capital do país. Em 1958, deixou o emprego para se juntar ao fundador da Rede Cascol, Elson Cascão, no primeiro posto do grupo, na antiga Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante.    
Um ano depois, os dois tornaram-se sócios. Cascão e Matias ficaram sozinhos na sociedade por seis anos, até que os empresário Luiz Imbroisi e Laudenor Limeira se juntaram ao grupo. À época, os postos carregavam o nome do fundador: Cascão. Atualmente, o grupo é responsável por comandar 92 estabelecimentos do gênero só no Distrito Federal.

Prisão de ex-gerente da Petrobras e suposto operador vence nesta quarta Roberto Gonçalves e Nelson Martins foram presos na 20ª fase da Lava Jato. Se não houver pedido de preventiva da PF ou MPF, presos serão soltos.

Presos na operação Java Jato chegam para realizar exames de corpo de delito no IML em Curitiba (PR). De cinza: Nelson Martins; logo atrás: Roberto Gonçalves (Foto: Suellen Lima/FrameFoto/Estadão Conteúdo)Nelson Martins (de cinza) e Roberto Gonçalves
(atrás) estão presos na carceragem da PF, em
Curitiba (Foto: Suellen Lima/FrameFoto/
Estadão Conteúdo)
A prisão temporária de Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo da Petrobras, e de Nelson Martins, suposto operador financeiro, vence nesta quarta-feira (25).
Os investigados foram presos na 20ª fase da Lava Jato no estado do Rio de Janeiro e estão detidos na superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Como a prisão temporária dos dois investigados já foi prorrogada por mais cinco dias, o que pode acontecer agora é uma conversão para prisão preventiva, quando não há prazo para expirar, ou a liberdade.
O pedido para preventiva deve partir da PF ou do Ministério Público Federal (MPF) e a decisão cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Roberto Gonçalves e Nelson Martins são suspeitos de participação no esquema criminoso de fraude, corrupção e desvio de dinheiro. O objetivo da 20ª etapa da operação é buscar provas documentais sobre crimes cometidos dentro da petrolífera.
A defesa de Roberto Gonçalves chegou a argumentar que, sabendo que era investigado, não faria sentido ele manter em sua residência “caderninhos auto-incriminatórios”. O advogado James Walker ainda criticou a interpretação dos bilhetes feita pela PF.Com relação a Roberto Gonçalves, a investigação sustenta que há indícios de que ele, no cargo de gerente executivo da Petrobras, recebeu propina em contratos da empresa. Na decisão da prorrogação do prazo, Moro considerou bilhetes apreendidos pela PF na casa de Gonçalves.
Já o suposto operador financeiro Nelson Martins Ribeiro foi indiciado pela PF pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No relatório, a investigação aponta ligações dele com o operador Bernardo Freiburghaus, réu em processo da Lava Jato, e ainda com funcionários da Odebrecht.
Conforme a PF, o exame das contas bancárias de Nelson Ribeiro indicou movimentação de US$ 190,2 milhões, além de € 4,45 milhões, entre os anos de 2009 e 2012. A defesa dele afirma que a liberdade do cliente não atrapalharia as investigações.
Operação Corrosão
A 20ª fase da Operação Lava Jato cumpriu 18 mandados, sendo dois de prisão temporária e 11 de busca e apreensão.
A Justiça Federal ainda concedeu cinco mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento – todos relacionados a ex-funcionários da Petrobras.
O nome desta fase da Lava Jato, "Corrosão", faz menção à luta diária da Petrobras para combater os desgastes nas plataformas.
"Pasadena, por exemplo, é conhecida como ruivinha justamente pelo nível alto de corrosão. Mas o termo que nós nos referimos é justamente o que a corrosão causa no empresário, na população e em políticos".
São ex-gerentes da Área Internacional e ex-profissionais do setor de inteligência que, de acordo com as investigações, receberam valores indevidos de representantes de empresas com contratos relacionados às refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Pasadena, nos Estados Unidos.
"Há notícias de pagamento de propina para elas. Assim como o Paulo Roberto Costa já tinha dito que recebeu propina no caso Pasadena, hoje nós temos o nome de inúmeros funcionários que receberam propina. A tramitação desse projeto é muito estranha e nós estamos aprofundando as investigações", afirmou o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernando dos Santos Lima, referindo-se ao caso Pasadena, que gerou um prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobras.
Os documentos apreendidos, de acordo com o MPF, estão relacionados às irregularidades em Pasadena. A intenção é buscar o ressarcimento dos cofres públicos

Delcídio do Amaral, senador do PT, é preso pela Polícia Federal Segundo investigadores, o senador está atrapalhando a Lava Jato. Também foi preso o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (25) o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. Segundo investigadores, o senador foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato.
Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira e o advogado Édson Ribeiro.
O senador teria tentado dificultar a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
O líder do governo foi citado na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.
Também foram realizadas buscas e apreensões no gabiente de Delcídio, no Congresso. As ações desta manhã foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Delcídio, a PF prendeu também o chefe de gabinete dele e um advogado ligado ao senador.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sem cartel de 20%, gasolina no DF seria a mais barata do país: R$ 3,03 Maranhão e Paraíba são os estados, segundo a ANP, que atualmente vendem o litro da gasolina mais barata do Brasil

Gustavo Moreno/CB/D.A Press

Se o preço do litro de gasolina assusta, é porque ele está bem mais alto do que deveria ser. Em matéria publicada na manhã desta terça-feira (24/11), o Correio revelou esquema de cartel nos postos do Distrito Federal, que foi responsável pelo maior aumento no valor do combustível de todo o país, 20% do preço. O que isso quer dizer na prática? Sem esses 20%, o litro da gasolina em Brasília deveria ser R$ 3,032, valor menor do que o da gasolina vendida na Paraíba, preço considerado o mais baixo pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).  


Entenda a matemática: a taxa de 20% estabelecida pelo cartel de donos de postos de gasolina representa R$ 0,75 dos R$ 3,79 - em média - pagos pelo litro de gasolina no DF. Ou seja, com os 20%, encher o tanque de um carro com capacidade de 50 litros custa R$ 189. Sem a existência de um cartel e preços normais, o valor do tanque é R$ 152. 

Preço da gasolina segundo pesquisa da ANP, divulgada em outubro de 2015
 
Paraíba: R$ 3,266
Maranhão: R$ 3,275
São Paulo: R$ 3,278
Mato Grosso do Sul: R$ 3,353
Santa Catarina: R$ 3,39
Alagoas: R$ 3,407
Mato Grosso: R$ 3,408
Piauí: R$ 3,409
Paraná: R$ 3,44
Espírito Santo: R$ 3,441
Amapá: R$ 3,453
Minas Gerais: R$ 3,471
Sergipe: R$ 3,49
Rio Grande do Sul: R$ 3,501
Rio Grande do Norte: R$ 3,506
Goiás: R$ 3,52
Pernambuco: R$ 3,558
Pará: R$ 3,603
Roraima: R$ 3,64
Ceará: R$ 3,644
Rio de Janeiro: R$ 3,652
Distrito Federal: R$ 3,673
Tocantins: R$ 3,689
Bahia: R$ 3,71
Rondônia: R$ 3,726
Amazonas: R$ 3,809
Acre: R$ 3,932