segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Levy diz que Brasil está bem preparado para lidar com alta na taxa de juro dos EUA

MADRI (Reuters) - O Brasil está bem preparado para lidar com qualquer volatilidade do mercado resultante de uma alta na taxa de juro dos Estados Unidos, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta segunda-feira, em Madri.
Levy afirmou em uma reunião na capital espanhola que os bancos brasileiros foram bem capitalizados e têm grandes reservas cambiais.
"Isso nos assegura que, mesmo se começar uma volatilidade após o início de ajustes na taxa de juro dos EUA - e haverá volatilidade, porque hoje o mercado está menos fluido e não fazemos o trabalho que costumávamos fazer para absorver os choques - no Brasil estamos bem preparados para enfrentar esse primeiro período de volatilidade", disse Levy.
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, em discurso no mesmo evento, disse que um aumento da taxa nos EUA poderia produzir certa volatilidade e incerteza, mas acredita que o Federal Reserve fez um bom trabalho na preparação do terreno para um aumento.
"Eu não acho que vai ter um impacto significativo (na economia espanhola)", declarou ele no evento organizado pelo jornal espanhol El País.
Muitas economias emergentes estão preocupadas de que uma alta na taxa do Fed desencadearia grandes saídas de capital dessas economias, criando uma turbulência no mercado que prejudicaria o crescimento.
A economia brasileira entrou em recessão técnica oficialmente ao encolher mais do que o esperado no segundo trimestre, com contração da indústria, serviços e agricultura, assim como queda nos investimentos e consumo das famílias, pavimentando ainda mais o caminho para o país fechar 2015 com o pior desempenho da atividade em 25 anos.
Mas Levy expressou confiança de que a economia do país começará a sair da recessão em breve.
"A recuperação é uma questão de meses exatamente porque o governo tem tido a força de tomar as medidas necessárias a curto prazo", declarou ele.
Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores e caiu 2,6 por cento na comparação anual, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de agosto.
(Reportagem de Adrian Croft)

Os anti-Dilma e a esquerda disputam Brasília em 7 de Setembro tenso Grupo contra presidenta promete levar boneco inflável de Lula para a manifestação “Estamos prontos para a guerra”: o fanatismo político chega ao extremo

AMPLIAR FOTO
Dilma no 7 de Setembro de 2014. / ROBERTO STUCKERT FILHO/PR

O tradicional desfile militar que comemora a independência do Brasil, no dia 7 de Setembro, promete ser cercado de tensão emBrasília. Não durante a marcha, que deve contar com 3.000 militares desfilando, assistidos por 25.000 espectadores, entre eles a presidenta Dilma Rousseff e algumas dezenas de autoridades, mas após a cerimônia oficial. Dois grupos que se opõem visceralmente prometem dividir o mesmo espaço assim que a cavalaria, os veículos blindados e a esquadrilha da fumaça deixarem o chão e o céu da Esplanada dos Ministérios.
Do outro lado estarão ao menos dez coletivos que reúnem os que são a favor do impeachment de Dilma Rousseff. São grupos de direita, ou extrema direita, que se mobilizam principalmente pelas redes sociais e ganharam força nos últimos meses com ao menos três grandes jornadas de protestos no Brasil.De um lado estarão os representantes de movimentos sociais de esquerda capitaneados por sindicatos, centrais sindicais, entidades de trabalhadores rurais e sem-teto, além de partidos como o PT, PCdoB e PSOL. Juntos, eles protagonizarão o Grito dos Excluídos, que há 20 anos ocupa o mesmo espaço depois dos desfiles pelas capitais brasileiras no dia da independência.
O objetivo do primeiro grupo é repetir pedidos ouvidos por todos os Governos brasileiros nas últimas duas décadas, como assentar todas as famílias de sem-terra ou melhorar as condições dos trabalhadores. Dessa vez, a crítica também se direciona à política fiscal com cortes e mudanças em benefícios em meio à crise econômica . “Uma de nossas pautas é tentar evitar a aprovação da lei da terceirização, que vai escravizar os trabalhadores brasileiros”, disse secretário de políticas sociais da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal, Ismael César. Pretendem também defender a democracia —em concreto, apoiar a presidenta contra o que julgam ser uma escalada golpista.
Boneco que satiriza Lula na Paulista. /ANDRE PENNER (AP)

Lula e Dilma infláveis

Enquanto isso, o segundo grupo tem o objetivo de constranger Rousseff publicamente e demonstrar que a “batalha pelo impeachment” continua, como disse uma das organizadoras do ato, Carla Zambelli, do movimento Nas Ruas, que está fazendo a convocatória ao lado do Revoltados On Line e outros grupos. O coordenador do Vem para Rua, outro grupo anti-Dilma, Rogério Chequer, foi além: “Queríamos que o 7 de setembro fosse o dia da independência do Brasil desse Governo intervencionista”.
A estratégia para incomodar a presidenta e seus convidados lançará mão da nova arma dos manifestantes: a exibição do boneco gigante inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário. Chamado dePixuleco ou Lula Inflado,é a tentativa de colar no ex-presidente os escândalos de corrupção, em especial as da Operação Lava Jato, que envolvem o PT. Os manifestantes prometem também uma versão gigante de Rousseff e dizem ter fabricado dezenas de "lulas infláveis" pequenos que tentarão infiltrar na arquibancada diante da presidenta. Se não conseguirem levar o boneco de Lula para as proximidades da tribuna onde ficarão as autoridades, os manifestantes o instalarão em frente ao Tribunal Superior Eleitoral, foro que deve julgar nos próximos meses ações que pedem a impugnação da candidatura da petista. A orientação é para que todos os manifestantes a favor do impeachment se vistam roupas pretas.
Esse feriado em Brasília marca a primeira vez, desde a escalada da polarização política, que grupos antagônicos convocam protestos para o mesmo dia e, praticamente, o mesmo lugar. Como além do clima do acirramento há o ânimo declarado de alguns de passar da retórica extremista aos atos, há preocupação entre os responsáveis pela estratégia de segurança que ocorra algum tipo de provocação que leve a discussões ou confronto. O contingente policial que será empregado no ato não foi divulgado.

Jimmy Morales desponta como líder do 1º turno de eleição na Guatemala Ator evangélico aguarda adversário para a disputa do segundo turno. Eleições ocorreram após escândalo de corrupção que derrubou governo.

Jimmy Morales durante sua votação na eleição deste domingo (6) na Guatemala (Foto: Marvin Recinos/AFP)Jimmy Morales durante sua votação na eleição deste domingo (6) na Guatemala (Foto: Marvin Recinos/AFP)
Com mais de 60% das mesas apuradas, o ator evangélico Jimmy Morales, candidato presidencial da Frente Convergência Nacional (FCN), desponta como líder na apuração das eleições realizadas neste domingo (6) na Guatemala.
Formado em administração de empresas, embora seja mais conhecido por seu trabalho como comediante em televisão, era a grande surpresa esperada das 14 candidaturas presidenciais.Com 71,21% das mesas contabilizadas, Morales, de 46 anos, soma mais vantagem em sua corrida para conseguir a presidência e já 26,57% do apoio eleitoral.
O segundo colocado é disputado voto a voto entre o magnate e advogado Manuel Baldizón (45 anos), 17,99% dos votos, e a ex-primeira-dama Sandra Torres (59), com 17,13%.
Nenhum dos três ficou perto dos 50% dos votos, marca necessária para vencer no primeiro turno. Os dois candidatos mais votados disputarão o segundo turno em 25 de outubro.
Segundo confirmou à Agência Efe o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) acredita-se que a participação nas eleições será histórica e rondará os 78%.
Para os analistas, a votação de Morales é uma resposta à necessidade de procurar alguém fora do sistema, em um momento de repúdio à corrupção da classe política tradicional.
"Jimmy (Morales) foi o único candidato que você pode chamar de externo ao sistema e que vendeu uma mensagem de 'nem corrupto nem ladrão', e as pessoas precisam disto", afirmou o analista político Sandino Asturias, do Centro de Estudos da Guatemala.
Morales corroborou a análise ao discursar depois do anúncio do resultado.
"Somos parte da população cansada, que não quer mais do mesmo".
Escândalo
O pleito ocorreu após denúncias de corrupção levarem o ex-presidente Otto Pérez Molina a renunciar ao cargo. A vice-presidente, Roxana Baldetti, foi presa. No sábado, centenas de guatemaltecos protestaram fazendo um velório simbólico da democracia, que consideram morta.
O futuro presidente, que deverá assumir em 14 de janeiro, terá a difícil tarefa de devolver a esperança à Guatemala, afetada pela pobreza em que vivem 54% de seus 15,8 milhões de habitantes e uma violência gerada pelo narcotráfico e por quadrilhas que contribuem com uma taxa de 39 homicídios por cada 100.000 habitantes.
"Quem for eleito deve saber que será fiscalizado por toda a população guatemalteca e, claro, pelo Ministério Público, que investigará quem for preciso, não importa se é o presidente, o vice-presidente ou qualquer outra autoridade", disse a procuradora-geral Thelma Aldana.
Aldana fez parte da investigação que revelou um esquema de corrupção que provocou a renúncia de Pérez e da vice-presidente Roxana Baldetti.
Mais de 7,5 milhões de guatemaltecos estavam registrados para votar e eleger o novo presidente, o vice, 338 prefeitos, 158 deputados e 20 deputados do Parlamento Centro-Americano.

Família do menino Aylan pagou R$ 17 mil para viajar em um bote inflável Contrabandista tinha prometido levar a família para a Grécia em um barco motorizado. As ondas de mais de três metros viraram o bote superlotado


Família pagou 
R$ 17 mil para viajar em bote (AP/DHA)

Uma imagem se tornou símbolo da tragédia dos migrantes. Numa praia da Turquia, um menino sírio foi encontrado afogado, e junto com a família ele tentava só chegar à Europa.
O Fantástico foi até o lugar dessa cena para contar a história por trás da imagem mais marcante dessa crise.
A Grécia estava logo ali. Era o meio do caminho entre o inferno da Síria e o sonho de viver no Canadá. A viagem seria curta, pouco mais de cinco quilômetros de travessia de Bodrum até a ilha de Kos.
Mas ventava demais. O mar estava bravo. E as ondas de mais de três metros viraram o bote superlotado. Como contaria no dia seguinte, o pai, Abdullah, conseguiu segurar os dois filhos se apoiando no barco virado, lutando contra as ondas. Mas não por muito tempo.
Depois de muita luta, Aylan, o irmão Ghalib e a mãe acabaram sendo vencidos por esse mar. O corpo do menino foi parar no ponto da praia onde foi fotografado. A imagem correu e comoveu o mundo.
Aylan, ainda com a roupinha da viagem, estava morto nos braços de um guarda turco. E a foto, tirada às 6h de quarta-feira (2), se multiplicou pelas mãos de artistas do mundo inteiro, que homenageavam o menino de dois anos ao mesmo tempo em que falavam de um problema que finalmente recebia a atenção merecida.
Se a aventura desse certo, a família Kurdi se juntaria aos outros milhares de refugiados que chegam à União Europeia procurando o apoio de leis relativamente favoráveis a eles.
O pai tinha dinheiro e queria pegar um avião para o Canadá. Enquanto ele não começasse o trabalhando como cabeleireiro, morariam todos no porão da casa de uma tia de Aylan.
Em Vancouver, Tima Kurdi, a tia, contou que o Canadá rejeitou o pedido de refúgio para um outro irmão dela. Mas que, assim mesmo, pretendia fazer em breve o mesmo pedido para a família de Aylan. Neste sábado (5), participou de um memorial em homenagem à cunhada e aos sobrinhos.
O sonho era complicadíssimo, mas foi interrompido antes da hora, entre outros motivos, pela desonestidade do contrabandista que cobrou o equivalente a R$ 17 mil, prometeu levar a família em um barco motorizado, e na última hora apareceu só com um bote inflável. Que por falta de dinheiro ou alternativa é o que milhares de refugiados continuam usando.
O vídeo mostra um dos caminhos mais usados pelos refugiados pra atravessar para a ilha de Kos, na Grécia, que fica na frente. Em uma embalagem encontrada no chão, dá para ver a bomba, como foi usada para a família que naufragou. E dá pra ver também muitas embalagens ed água pelo caminho. Sinal de que é recente a passagem das pessoas por lá.
Chama muito a atenção ver pelo chão boias de criança, usada em piscina. Muito frágil, que obviamente não vai aguentar uma onda que às vezes chega a cinco metros de altura, como inclusive acontecia no dia em que o Aylan, a mãe e o irmão dele morreram.
Na sexta-feira (4), os três foram enterrados como mártires na cidade síria onde moravam, Kobane. A cidade é o retrato da guerra na Síria. No começo do ano, milícias locais expulsaram de lá os terroristas do Estado Islâmico. Mas eles voltaram.
E quem sobreviveu, vive com medo. Entre casas destruídas, e ruas vazias. Sem imaginar como construir um futuro num lugar como esse.
Foi com medo do Estado Islâmico, das bombas e dos tiroteios que a família de Aylan resolveu ir embora. Sem imaginar que voltaria tão cedo. E, muito menos, desse jeito.

Mãe Merkel belo exemplo de humanidade! France Presse 07/09/2015 08h08 - Atualizado em 07/09/2015 08h27 Merkel diz que chegada de refugiados mudará a Alemanha País também anunciou que vai liberar € 6 bilhões para receber refugiados. Em apenas um final de semana, chegaram 20.000 refugiados da Síria.

Chanceler Angela Merkel fala em coletiva de imprensa sobre refugiados em Berlim (Foto: AFP)Chanceler Angela Merkel fala em coletiva de imprensa sobre refugiados em Berlim (Foto: AFP)



"O fluxo em massa de imigrantes na Alemanha mudará o país, afirmou nesta segunda-feira (7) a chanceler Angela Merkel, que prometeu trabalhar para que estas modificações sejam "positivas".
O que vivemos agora é algo que seguirá nos ocupando pelos próximos anos, nos mudará, e queremos que a mudança seja positiva e pensamos que podemos conseguir isto", declarou à imprensa.
Alemanha também anunciou nesta segunda-feira que vai liberar seis bilhões de euros adicionais para receber demandantes de asilo e refugiados em 2016.
O Estado federal aumentará o orçamento para as pessoas que solicitam asilo em três bilhões de euros (US$ 3,34 bilhões) e disponibilizará outros três bilhões para os Estados regionais e os municípios, responsáveis pelos alojamentos dos refugiados.
A distribuição detalhada do valor será definida em 24 de setembro, durante uma reunião de representantes do Estado federal e dos Estados regionais.
Emocionante e impactante
Merkel mencionou um fim de semana "emocionante e impactante", durante o qual chegaram a Alemanha quase 20.000 refugiados procedentes em sua maioria da Síria.
A chanceler comemorou o fato da Alemanha "ter se transformado em um país que as pessoas associam à esperança. É algo muito valioso se observarmos nossa história".
Ao mesmo tempo, Merkel fez um apelo por um "esforço da União Europeia".
"Alemanha, Áustria e Suécia não podem ser os únicos países que recebem refugiados", afirmou o vice-chanceler e ministro da Economia, o social-democrata Sigmar Gabriel, na mesma entrevista coletiva.
Merkel completou: "Não é possível dizer 'não tenho nada a ver com isto'. Mas acredito que a dinâmica do que acontece não ficará sem efeito".
A Alemanha recebe um número gigantesco de imigrantes em busca de uma vida melhor. O país prevê a entrada de 800.000 solicitantes de asilo este ano, contra 200.000 em 2014.
Nesta segunda-feira, um incêndio em um centro de refugiados em Bade-Wurtemberg, região sudoeste do país, deixou cinco feridos.

domingo, 6 de setembro de 2015

Ex-fazendeiro: me tornar vegano mudou meu mundo 06 de setembro de 2015 às 6:40

Por Chris Mills (Tradução: Vanessa Perez – da Redação)
chris-mills
Foto: Divulgação
Eu nasci e fui criado em Prince Edward County, que é uma ilha no lado norte do lago Ontario ao Sul de Belleville, em Ontario, no Canadá.
Esta era, naquela época, uma grande comunidade de fazendeiros com grandes famílias. Minha mãe era uma em dez filhos e meu pai em dezesseis, então se você não fosse do ramo da agricultura ou trabalhasse em alguma fazenda, você provavelmente trabalharia em uma loja local. Caso contrário, você atravessaria a ponte para trabalhar na cidade. Agricultura era a Indústria aqui. Eu passei a maior parte da minha vida lá e saí somente após a separação da minha primeira esposa quando eu tinha trinta anos. Eu passei por volta de vinte anos na indústria da agricultura (especialmente laticínios), Eu cresci e fui criado nisto. Eu também cresci como um ávido caçador.
Em 2005, eu conheci uma linda mulher que era vegetariana. Nós tivemos uma linda menina (chamada Willow) e nos casamos em 2008. Minha mulher nunca me forçou a nada, apenas me dava dicas frequentes sobre saúde e como os animais eram tratados. Eu fiz o que a maioria fazia e dava desculpas sobre a agricultura e porque fazíamos isso e também porque precisávamos caçar e comer carne, mas um dia tudo isso mudou.
A alguns anos atrás eu ví uma imagem no Facebook de porcos sendo transportados de Toronto e pessoas (ativistas) dando água para eles através das grades do trailer no local da troca de gado em Toronto. Esta foi a imagem que deu início a tudo para mim.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Eu sou um trabalhador de construção e normalmente trabalho na rodovia 401 (a maior rodovia em Ontario). No mesmo dia que esta foto foi tirada; houve um grande acidente em frente ao nosso local de trabalho. Estava -34ºc e o trânsito estava parado à nossa frente. Eu estava dirigindo uma máquina neste dia, tinha o aquecimento e ainda estava agasalhado. O trânsito parou completamente.
Olhei ao meu lado na rodovia e havia um trator reboque transportando porcos para Quebec. Esse foi o dia em que eu fiz a conexão. Olhei para os olhos destes pobres animais e eu sabia que eles estavam sendo enviados para a morte. Agora estava -36ºc e eles estavam congelando! Sua pele estava vermelha e você podia ver gelo no rosto deles. Meu coração afundou. Eu me senti tão mal por eles e eu disse a mim mesmo que era isso! Eu nunca mais vou causar dano a outra criatura novamente! Eu nunca olhei para trás.
Eu nunca havia imaginado se seria difícil desistir de toda carne e queijos. Eu amo cozinhar e tento inspirar e mostrar para as pessoas que a comida vegana é deliciosa e bonita. Minha esposa, minha filha e eu somos veganos pela vida! Nós também temos três cachorros e, sim, eles têm uma dieta baseada em vegetais.
Você realmente não sabe o que a vida tem guardada para você, você pode rezar e desejar tudo o que quiser, mas, uma coisa pequena tão simples como olhar nos olhos de um animal no momento certo em sua vida, pode mudar seu mundo para sempre!

SindSaúde DF: Humilhação pública em nome da Democracia? - See more at: http://www.politicadistrital.com.br/2015/09/05/sindsaude-df-humilhacao-publica-em-nome-da-democracia/#sthash.mZtDHUlA.dpuf

Política Distrital recebeu denúncia sobre uma ‘demissão’ da gerente da unidade, a enfermeira, Enfermeira Célia Regina da Costa Silva, promovida pela presidente do Sindicato dos Servidores em Estabelecimentos em Saúde do DF (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues (25/Ago), no Centro de Saúde Nº 01 do Gama. A ação da dirigente sindical, registrada em vídeo, além de ser publicado no site da entidade, circula por grupos do aplicativo Whatsapp. Mas chama a atenção a reação de entidades ligadas à Saúde do DF contrários a ação da dirigente sindical.
A ‘demissão’ ocorreu durante um café da manhã, no que Marli Rodrigues chamou de assembleia. A sindicalista reuniu um grupo de servidores do CS1, supostamente, descontentes com a gestão de Célia Regina, além de membros da comunidade local, num ato de desagravo a gestora. No trecho disponível no vídeo publicado pelo Sindicato no website, a presidente da entidade menciona:
Ainda segundo Marli Rodrigues: “Não acabou, não acabou, o processo democrático ele tem que ser concluído, porque ele não é interrompido simplesmente porque uma pessoa levanta e diz que acabou e pediu exoneração. Aqui você tem que aprender uma lição. Aqueles que concordam com a saída da enfermeira Célia imediatamente do Centro de Saúde manifestem levantando os dois braços. Aqueles que são contrários à saída dela manifestem com os dois braços. Abstenção. Em nome da democracia, você está demitida.”, bateu o martelo.
Democracia?
Imediatamente após o julgamento Marli Rodrigues encerrou o discurso: “E hoje nós tivemos aqui um exemplo da força da democracia. Chama todo mundo. Democracia essa que consolidou-se nesse país. Quando as pessoas vão pra rua marchar, quando as pessoas concordam ou discordam. É o exercício pleno da democracia. E quando se discute se encontra uma solução. Eu quero aqui hoje que todo mundo dê as mãos e diga viva. Porque hoje nós ganhamos uma vitória, hoje nós vencemos a truculência, hoje nós vencemos a senzala branca, hoje nós vencemos o que tem de mais absurdo que é a falta de respeito. Por isso eu vou dizer, viva a democracia.”, comemorou Marli Rodrigues.
Arbitrariedade
Política Distrital questionou a Secretaria de Estado de Saúde sobre o episódio acontecido no CS1 do Gama. Por meio de nota a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da SES-DF esclareceu:
“A Secretaria de Saúde repudia a atitude de desrespeito à servidora no pleno exercício de sua função e informa que não apoia qualquer ato de intimidação ou desrespeito aos profissionais da pasta.”, afirmou ou observar que somente o superior imediato pode exonerar servidor, e foi além: “A Secretaria de Saúde, por fim, informa que abriu sindicância para apurar os fatos.”.
Sindicato dos Enfermeiros
Por meio de uma nota de apoio a enfermeira Célia Regina, o Sindicato dos Enfermeiros do DF (SEDF) manifestou indignação em relação a forma como a reunião foi conduzida no CS 1 do Gama (31/Ago).
“Fala-se tanto em democracia, em diálogo, mas onde estão esses méritos? Vemos nessa situação um contraditório uso do empoderamento, que acontece quando as atitudes são arbitrárias, pessoais e intransigentes. Não se faz justiça com as próprias mãos, muito menos em nossa carreira. Os instrumentos legais estão à nossa disposição para que os utilizemos a favor da mesma democracia por vezes esquecida e em defesa de quem precisa e merece essa defesa. Não importa onde está o certo e o errado. O que importa é que julgue quem tem competência para julgar e que, a partir daí, consigamos instalar a verdadeira gestão e vivenciar a original democracia.”.
Coren-DF
O Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF) também publicou “Nota de Esclarecimento sobre suposto caso de perseguição no Gama (1/Set)”, em que esclareceu que a Entidade não foi provocada ‘oficialmente’, embora tenham recebido questionamentos por meio do Whatsapp, encaminhados por profissionais de enfermagem.
Em trecho da nota o presidente do Coren-DF, Gilney Guerra de Medeirosinforma: “O Coren-DF não julga questões de ordem trabalhista nem administrativa, mas não poderia ficar inerte diante da ridicularizarão de uma profissional regularmente inscrita. Quem parte para situações de enfrentamento físico ou verbal e/ou expõe terceiros de forma constrangedora e sem consentimento assume responsabilidade direta por seus atos.”, afirmou ao sugerir que se utilize: “meios legítimos e apropriados para se denunciar, solicitar apuração de fatos e resolver situações.”.
Trauma
Política Distrital tentou contato com a enfermeira que preferiu não se manifestar. Mas o Blog conversou com uma médica, próxima a Célia Regina, que não quer ser identificada. De acordo com a profissional, a enfermeira está em quadro de depressão e se submeteu a tratamento psicológico em  decorrência da exposição ‘democrática’ da presidente do SindSaúde-DF.
- See more at: http://www.politicadistrital.com.br/2015/09/05/sindsaude-df-humilhacao-publica-em-nome-da-democracia/#sthash.mZtDHUlA.dpuf