terça-feira, 9 de junho de 2015

Ministra Tereza Campello firma Protocolo de Milão Documento reúne propostas de combate à fome e à pobreza

Imagem do pavilhão brasileiro na Expo 2015 (foto: ANSA)
Imagem do pavilhão brasileiro na Expo 2015 (foto: ANSA)
08 JUNHO, 15:33MILÃO
(ANSA) - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, Tereza Campello, assinou nesta segunda-feira (8) o Protocolo de Milão, documento com propostas para vencer a desnutrição que será apresentado ao final da Expo 2015.
    Campello aderiu à iniciativa durante o seminário "Derrotar a fome é possível", realizado no pavilhão brasileiro na feira universal. "Assino o Protocolo de Milão porque fornece um ponto estratégico na luta contra a fome e a pobreza", declarou a ministra.
    Durante o evento, ela também apresentou os principais pontos do programa Bolsa Família e exaltou o fato do Brasil ter saído do mapa mundial da fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
    "A comida é um direito de todos. É preciso que os governos e as empresas colaborem para elaborar políticas públicas que o garantam", acrescentou. (ANSA)
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Obama e Merkel se unem contra Putin no encontro do G7 EUA e Alemanha concordam em manter sanções até que a Rússia cumpra o plano de paz O G7 começa com mensagens duras contra Putin e Tsipras

A idílica paisagem das montanhas bávaras serviu no domingo de cenário para ratificar a unidade do G7 diante da crise ucraniana. Antes de receber os outros convidados, a anfitriã, a chanceler Angela Merkel, abordou com o presidente Barack Obama a necessidade de reformas na Grécia. Mas do encontro sai principalmente o compromisso de ambos em manter as sanções contra a Rússia até que o presidente russo, Vladimir Putin, cumpra o acordo de paz de Minsk e respeite a integridade territorial da Ucrânia.
O pacto para manter as sanções à Rússia até que se cumpram os compromissos assinados em Minsk – informado por fontes norte-americanas e que o Governo alemão não confirmou nem desmentiu – dá ainda mais razões para que os líderes europeus prorroguem as sanções até o final do ano no Conselho de 25 de junho, algo que já estava previsto. Após os enfrentamentos do leste da Ucrânia nos últimos dias, os que pedem o fim das sanções ficaram quase sem argumentos.Obama chegou à Alemanha com uma mensagem clara. Frente aos falcões que em seu país pedem para que ele forneça armas à Ucrânia para combater os separatistas russos, o presidente dos EUA busca um compromisso europeu de que a pressão sob Putin não irá diminuir. “Nestes dois dias discutiremos sobre nosso futuro compartilhado (...) e sobre como parar a agressão russa na Ucrânia”, disse o presidente na praça de Krün, um pequeno povoado que o recebeu com seus 1.800 moradores vestidos com os trajes tradicionais bávaros e no qual dividiu salsichas e cervejas (sem álcool) com Merkel.

Palavras duras para Putin e Tsipras

De Elmau – o palácio no qual acontecem as reuniões dos líderes do Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá, além dos EUA e Alemanha – saíram no domingo outras mensagens duras contra Putin. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu para que seja feito todo o possível para manter a unidade e dar “uma dura resposta à agressão respaldada pela Rússia”. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi além quando disse que se algum membro da UE planeja revisar o regime das sanções europeias, será para reforçá-las. O polonês lançou assim um aviso aos Estados da UE – entre eles a Itália, representada na reunião por seu primeiro-ministro, Matteo Renzi – que pedem uma atitude mais branda frente à Rússia.
Merkel recebe o líder norte-americano em plena tormenta política interna pelo escândalo das escutas norte-americanas e, sobretudo, acolaboração dos serviços secretos alemães. A chanceler se referiu a esses problemas quando em sua breve fala na chegada de Obama mencionou “as diferenças de opinião que temos hoje”.
Além da Rússia, Obama e Merkel abordaram também a crise grega. O presidente, segundo informações do porta-voz da Casa Branca, lembrou à chanceler a importância de que Atenas e seus parceiros europeus encontrem uma solução “que não cause volatilidade nos mercados”. Mais uma vez, Washington puxa as orelhas da Europa para lembrar a importância de evitar que um país que representa 2% do PIB da UE acabe provocando um acidente que coloque em risco a recuperação econômica e a estabilidade na região.

iOS 9 ajudará na migração de usuários do Android para o iPhone

Em um dos novos recursos comentados pela Apple no WWDC deste ano, que acontece nesta semana em São Francisco, a empresa apresentou uma novidade que visa ajudar na migração de um Android para o novo aparelho, que no caso é um iPhone. O objetivo do aplicativo, chamado de Move to iOS, é de levar conteúdo do seu smartphone antigo para o novo, da forma mais simples possível.
Este tipo de aplicativo já existe em vários fabricantes, como no Migração Motorola, que fornece ajuda até para trazer dados de um Windows Phone para o novo celular, que é o Android. Agora, a Apple resolveu atacar com suas próprias mãos e criou um aplicativo para Android, chamado de Move do iOS (Mover para o iOS, em tradução direta) e que pretende transferir, sem fios, os contatos, histórico de mensagens, fotos, vídeos, favoritos do navegador, contas de e-mail, agendas, papeis de parede e músicas sem proteção de DRM, direto para o novo iPhone que o usuário acabou de comprar.
Além disso, o app irá localizar os apps gratuitos que estão no Android e também estão disponíveis na App Store e indicar que o download pode ser feito sem qualquer custo. Para os apps pagos que também estão em ambas as lojas, uma lista de desejos é criada e o usuário é avisado de que há opções pagas pelo que já pagou do lado do Android.7
O aplicativo deve ser lançado no Google Play logo depois do lançamento do iOS 9 para o usuário final, o que deve ocorrer em setembro deste ano - em tempo para o lançamento da próxima geração de smartphones da Apple.

Tempo em standby do Nexus 5 aumenta significativamente com o Android M

Entre as muitas novidades do Android M anunciadas durante o Google I/O 2015, uma que chamou bastante atenção foi um novo sistema para gerenciamento de energia. Batizada deDoze ("cochilo" ou "soneca", em português), essa funcionalidade promete dobrar a vida útil de uma recarga em seu tablet ou smartphone equipados com o novo sistema operacional.
O funcionamento é simples e combina a inteligência artificial do aparelho com os sensores de movimento. O sistema detecta quando o dispositivo não está com o usuário – quando está sobre a mesa ou no bolso, por exemplo – e coloca para "dormir" vários aplicativos que rodam em segundo plano, economizando bastante energia.
Novo sistema de gerenciamento de energia do Android M é realmente eficiente.

Bons resultados no Nexus 5

Com o objetivo de avaliar como o Doze e o novo sistema de gerenciamento de energia do Android M funcionam da vida real, o site alemão Computer Baseresolveu testar essas funcionalidades em um Nexus 5. Os resultados? Surpreendentes, mostrando que a solução é realmente eficiente em economizar energia.
Nos testes, dois Nexus 5 foram utilizados: um equipado com Android 5.1.1 (Lollipop) e outro com Android M Developer Preview. A quantidade de carga gasta foi medida depois algumas horas e os resultados foram colocados lado a lado.
  • Após 8 horas em standby: Android 5.1.1 gastou 4% / Android M gastou 1,5%
  • Após 24 horas em standby: Android 5.1.1 gastou 12% / Android M gastou 4,5%
  • Após 48 horas em standby: Android 5.1.1 gastou 24% / Android M gastou 9%
Por conta disso, o Nexus 5, que com Android Lollipop era capaz de aguentar até 200 horas em standby, vê esse valor subir para 533 horas quando equipado com o Android M. O aumento é significativo e mostra que o novo sistema operacional da Google vai realmente ser desejado por muitos consumidores.

(Quase) Tudo sobre as pensões A VISÃO preparou 15 respostas a outras tantas perguntas sobre as nossas pensões. Para início de conversa... Ler mais: http://visao.sapo.pt/quase-tudo-sobre-as-pensoes=f822158#ixzz3cZIFgSwl

É o tema do momento e, com o avançar da campanha eleitoral para as eleições legislativas, corre o risco de se tornar a grande polémica desta "silly season". Mas, de "silly", a sustentabilidade da nossa Segurança Social não tem nada. No fundo, o que os portugueses querem saber é isto: quem está agora no ativo pode confiar que vai ter uma reforma no futuro? A resposta a esta pergunta é um desafio para a nossa sociedade, sempre no fio da navalha entre a pobreza do Estado e os números implacáveis da demografia. Nascem poucas crianças e temos uma esperança média de vida cada vez maior - o futuro de Portugal é claramente grisalho. Como se dá a volta a isto? ?As soluções apontadas por políticos e economistas não são animadoras e passam pelo aumento da idade de reforma e pela redução do valor médio das pensões. Seja como for, está tudo em aberto e a discussão sobre o Estado social que queremos ter ainda vai no adro. 
1 A Segurança Social está falida?
Não. Entre janeiro e abril de 2015, o saldo foi positivo e cifrou-se em 829 milhões de euros. No entanto, a resposta a esta pergunta não passa pela matemática, mas pela política, porque entramos na discussão sobre o Estado que queremos ter. É um facto que as contribuições dos portugueses para a Segurança Social não estão a chegar para pagar as pensões. Mas... "A falência existe quando há um défice. Se assim é, então a Educação está falida, a Saúde também, os tribunais, as polícias... ", exemplifica o socialista Pedro Adão e Silva, especialista em políticas públicas. Ou seja, se queremos um Estado social que suporte o sistema da previdência, temos de estar dispostos a pagá-lo. Para o social-?-democrata Luís Pais Antunes, a Segurança Social "está longe de estar falida". Até porque existe o Fundo de Estabilização Financeira, uma "almofada" para usar em épocas de crise e que tem uma carteira de ativos no valor de 13 mil milhões de euros.
2 Mas o que dizem as contas?
O orçamento da Segurança Social ?para 2015 mostra ?que prevê receber ?14,3 mil milhões de euros em contribuições e quotizações. E prevê gastar 15,4 mil milhões só em pensões, sem contar com o subsídio de desemprego, por doença ou outras prestações.
Mas a Segurança Social tem outras receitas, nomeadamente de capital, transferências do Orçamento do Estado, receitas dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia e do IVA Social, etc. Para este ano, está previsto um saldo da Segurança Social na ordem dos 338 milhões de euros.
3 De onde vem o buraco?
Para lá da questão demográfica (nascem cada vez menos crianças e aumenta cada vez mais a esperança média de vida), que está no centro da sustentabilidade da Segurança Social a média e longo prazo e já se reflete atualmente, os dois especialistas contactados pela Visão (Pedro Adão e Silva e Luís Pais Antunes) concordam que a crise que Portugal viveu (e vive) prejudicou enormemente as contas do nosso sistema previdencial. A grande subida da taxa de desemprego teve um efeito duplamente nefasto: não só diminuíram as receitas das contribuições, já que muita gente deixou de trabalhar e, consequentemente, de pagar Taxa Social Única (TSU), como  fez com que se gastasse muito mais dinheiro em subsídio de desemprego. "Só nos anos da crise é que passou a existir um défice", afirma Adão e Silva.
 5 Com quanto contribuímos para a segurança social
Os subsistemas não contributivos são financiados com dinheiros do Estado, logo através dos nossos impostos. Também recebem receitas provenientes dos jogos sociais. Já o regime contributivo ou previdencial é financiado com a TSU. Do salário de cada trabalhador por conta de outrem são descontados 34,75% para a TSU: 11% ficam a cargo do trabalhador; e 23,75% são pagos pelos empregadores. Já os trabalhadores independentes pagam, regra geral, uma taxa de 29,6 por cento.



6 Quais são as parcelas da Taxa Social Única?
No caso dos trabalhadores por conta de outrem, com uma taxa de 34,75%, esta é assim constituída (em pontos percentuais).

 

7 Os fundos bancários vieram contribuir para o buraco?
Para já não. Os fundos de pensões dos bancários, que foram transferidos para a Segurança Social, não são deficitários. "Mas não sabemos o que vai acontecer no futuro", avisa Pedro Adão e Silva. O dinheiro que o Estado foi encaixando com a passagem destes fundos privados (fossem da PT ou da banca) para o regime geral da previdência serviu para tapar todo o tipo de buracos nas contas nacionais, reduzindo o défice. Não foi a única "ajuda" que a Segurança Social deu às contas do Estado. O seu Fundo de Estabilização tem servido para comprar dívida pública, chegando a ter uma exposição de 90 por cento.
8 O que é o subsistema previdencial?
É basicamente o regime contributivo, ou seja, aquele que é suposto ser financiado com os descontos dos trabalhadores e das empresas. A saber: pensões de velhice e de invalidez, e subsídios de desemprego, de parentalidade,  por morte, doença ou acidentes de trabalho.
9 E que outros apoios oferece ?a Segurança Social?
Existe ainda o subsistema da solidariedade, que visa combater a pobreza. Aqui estão englobadas as pensões sociais, o Complemento Solidário para Idosos ou o Rendimento Social de Inserção. Depois há o subsistema de proteção familiar, com apoios no âmbito da deficiência e da dependência. E o subsistema da ação social, com apoios a grupos mais vulneráveis como as crianças ou os idosos (disponibilizando serviços como creches ou lares, entre outros).
10 E qual é o montante médio das pensões de velhice?
No regime geral da Segurança Social, a pensão média é de €459,39. Já as pensões dos funcionários públicos, pagas através da Caixa Geral ?de Aposentações, têm um valor médio de €1 280,95
Atenção que estamos a falar de pensões, não de pensionistas. Há mais pensões do que pensionistas, uma vez que estes podem receber mais do que uma pensão. É o caso, por exemplo, dos reformados viúvos que, além da sua reforma, recebem ainda uma pensão de sobrevivência.
11 - A idade da reforma em Portugal é muito baixa quando comparada com outros países europeus? 



12 - Qual é a idade média com que nos reformamos?
Os portugueses reformam-se, em média, aos 59,2 anos mais velhos do que os europeus (cuja média se situa nos 58,1).
Os franceses são os que se reformam mais cedo, aos 54,5, e os alemães os que deixam o mercado de trabalho mais tarde, aos 62,5
13 Que cortes ainda existem nas pensões?
Este ano ficou marcado pelo fim da Contribuição Extraordinária de Solidariedade para pensões superiores a €1 000. No entanto, a CES ainda existe para as reformas mais altas. As pensões entre €4 611 e €7 126 sofrem um corte de 15% sobre o valor que excede os €4 611; e as pensões acima de ?€7 126 estão sujeitas a um corte de 15% sobre €2 515 e a um corte de 40% sobre o valor que excede os €7 126.
14 As pensões representam apenas despesa para o Estado?
Não. Os pensionistas pagam imposto. Isto quer dizer que os trabalhadores no ativo pagam a TSU, dando dinheiro ao Estado; o Estado devolve esse dinheiro em forma de pensões; e os pensionistas voltam a transferir para o Estado uma parte do bolo em forma de IRS.
15 As regras atuais das pensões são mesmo insustentáveis no futuro?
Pois... Este ponto não é consensual e está mesmo a tornar-se no centro da discussão. Antes da reforma de 2007, nota Pedro Adão e Silva, havia reformados a ganhar mais dinheiro com a pensão do que aquele que recebiam a trabalhar. Isto porque a forma de cálculo era generosa e não se pagavam tantos impostos. Desde esse ano - e simplificando - coexistem várias situações: os que estão reformados segundo as regras antigas e os que estão reformados de acordo com as duas formas de cálculo (antes de 2007 e depois de 2007). "Isto quer dizer que as novas regras ainda não entraram em velocidade de cruzeiro. Quando isso acontecer, o peso das pensões no Produto Interno Bruto vai cair", afirma o socialista. Mas para o social-democrata Pais Antunes, nós não nos podemos dar ao luxo de esperar. ?E aponta 4 possíveis soluções, algumas já em marcha. A saber: aumento da idade da reforma; redução do valor médio das pensões; alargamento das fontes de receita da Segurança Social (tem-se falado de taxas sobre os lucros das empresas ou sobre as transações financeiras...); e alargamento da base contributiva, ou seja, pôr mais gente a descontar para o sistema. Como? Aumentando a natalidade, diminuindo o desemprego, fazendo crescer a economia, aumentando a produtividade das empresas... É o caminho mais difícil.


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Conab estima safra de café 2015 do Brasil em 44,28 mi sacas

SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta terça-feira a safra brasileira de café em 2015 em 44,28 milhões de sacas, muito perto do limite inferior da faixa da estimativa de janeiro, que havia sido de 44,11 milhões a 46,61 milhões de sacas.
Pelos cálculos da Conab, a safra 2014 do Brasil atingiu 45,34 milhões de sacas.
(Por Gustavo Bonato)

Nova prótese 'sensível' dá esperanças a pessoas amputadas Prótese recria sensibilidade do membro perdido e elimina dores fantasma. Sensores conectados à prótese enviam sinais às terminações nervosas.

 O professor Hubert Egger, da Universidade Linz, faz testes com a primeira prótese de perna "sensível", que foi recebida pelo paciente Wolfgang Rangger,  (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)O professor Hubert Egger, da Universidade Linz, faz testes com a primeira prótese de perna "sensível", que foi recebida pelo paciente Wolfgang Rangger, (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)
Um austríaco que não tem uma perna se tornou o primeiro amputado a utilizar uma prótese que recria a sensibilidade do membro perdido e dá esperanças contra as dores fantasma.
"Tenho a impressão de ter um pé novamente", afirmou à AFP Wolfgang Rangger, um professor de 54 anos, amputado na altura do joelho em 2007 após complicações de um acidente vascular cerebral.
 
"Já não escorrego no gelo, sinto a diferença quando caminho sobre cascalho, concreto, grama ou areia. Sinto inclusive as pedrinhas", afirma o primeiro paciente operado pelo professor Hubert Egger, da Universidade de Linz.
Seis meses depois do implante, Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e inclusive faz escalada. Quando caminha, seu coxear é quase imperceptível.
Este resultado espetacular é fruto de uma técnica que associa o deslocamento dos feixes de nervos com a aplicação de sensores conectados em uma prótese de um novo tipo.
No caso do paciente de Linz, os médicos pegaram, no centro do coto, as terminações nervosas que conduziam inicialmente ao pé amputado. Depois as desviaram à superfície da coxa, onde as conectaram com a parte alta da prótese.
Sinal enviado ao cérebro
Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e faz escalada desde que recebeu a nova prótese (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e faz escalada desde que recebeu a nova prótese (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)
Por sua vez, a perna artificial inclui sensores sob a planta do pé unidos a outras células, chamadas simuladores, que estão em contato com o coto. A informação transferida entre os sensores e os simuladores permite imitar, e finalmente reproduzir, a sensação do membro perdido.
Com cada passo, cada vez que exerce pressão sobre o solo, o pé artificial de Wolfgang Rangger envia um sinal preciso ao cérebro.
"Em um pé com boa saúde, são os receptores da pele os que cumprem esta função. Um amputado não tem estes receptores, é claro. Mas os transmissores de informação, que são os nervos, seguem existindo. É preciso apenas estimulá-los", resume o professor Egger.
O médico austríaco já havia inovado em 2010 ao apresentar uma prótese de braço controlada pela mente, graças a uma conexão entre os nervos motores e a prótese.
Desta vez o princípio é o mesmo, mas o percurso é realizado ao contrário: a informação parte da prótese para chegar ao cérebro.
O fim das dores fantasma
Nova prótese acabou com os episódios de "dores fantasmas" (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)Nova prótese acabou com os episódios de "dores fantasmas" (Foto: AFP Photo/Samuel Kubani)
Além disso, a prótese testada em Linz oferece ao seu portador uma segunda vantagem que, ao menos para ele, é igualmente importante: o novo sistema colocou fim, em apenas alguns dias, às dores fantasmas que precisou suportar durante anos depois de perder sua perna.
"Com minha prótese convencional", lembra Wolfgang Rangger, "podia apenas caminhar. Não conseguia dormir mais que duas horas por noite e precisava de morfina para aguentar durante o dia".
Esta sensação de sofrimento no membro que já não possui, muito comum, ocorre devido a uma hipersensibilidade que se desenvolve progressivamente no cérebro, que, de certa forma, busca o membro amputado, explica o professor Egger.
A dor fantasma, prossegue, é agravada pela lembrança traumática do acidente ou da doença que levou à amputação.
A prótese "sensível" o remedia, ao enviar novamente informações ao cérebro, interrompendo sua busca vã e infinita.
O custo do protótipo está calculado entre 10.000 e 30.000 euros. Sua industrialização já poderia começar, mas a equipe de Linz quer estudar um pouco mais os resultados obtidos com o primeiro paciente.