domingo, 7 de junho de 2015

Absurdo

O preço das Assembleias

Custo per capita do cidadão com a Assembleia% da população com renda inferior a R$ 1.576% do PIB gasto com a AssembleiaRRAPACMTDFTORORNSEPISCMSGOAMPBMGPRALRJESRSPEPACEMABASP3002001000
Fonte: Transparência Brasil

No Brasil, quanto mais pobre o Estado, mais ele gasta com o Legislativo Pesquisa calcula custo das Assembleias em até 350 reais para cada cidadão “Poder público age com irresponsabilidade ou é autista”

Sessão na Assembleia do Mato Grosso, onde cada deputado recebe 65.000 reais como verba indenizatória. / WIDSON MARADONA (AL-MT)
Os Estados mais pobres do país são os que mais gastam com seus parlamentos. Um levantamento feito pela ONG Transparência Brasilmostra que quanto menor o Produto Interno Bruto (PIB) do local, maior é o gasto com as Assembleias Legislativas. O mesmo vale para as Câmaras Municipais das capitais.
Dessa forma, cada cidadão de Roraima acaba pagando anualmente 352 reais para garantir o funcionamento de sua principal casa de Leis, que tem 24 deputados estaduais. O valor é 15 vezes maior do que em São Paulo, onde há 94 parlamentares e o contribuinte paga, por meio dos impostos, 23 reais anuais.
A explicação para essa disparidade está, conforme especialistas, na estrutura semelhante para Estados completamente distintos. Por exemplo, o salário dos parlamentares é igual em 25 das 27 unidades da federação, independentemente de quão pobre é a região. Algo que não ocorre no mercado formal. O valor é de 25.322 reais, 75% do que recebe um deputado federal, conforme prevê a legislação, que define um teto salarial. Além disso, esses parlamentares também recebem uma série de benefícios que eles mesmos estipulam para si e acabam inflando seus vencimentos. “Parece que há alguma distorção. A pergunta que a gente faz é: por que em Estados e municípios pobres um deputado estadual e um vereador precisam receber uma verba tão grande que é maior do que um representante de um Estado mais rico? Será que é necessário para as atividades parlamentares usar essa verba toda ou será que isso ocorre porque há menos fiscalização e pressão nesses Estados e municípios?”, analisa a diretora-executiva da Transparência Brasil, Natália Paiva.
Relação de PIB per capita X verba de vereadores.

Verbas indenizatórias sem controle

Em alguns casos, esses benefícios não precisam nem mesmo de comprovação do gasto, apesar da rubrica denominada para pagar esse valor se chamar verba indenizatória. No Mato Grosso e no Ceará os deputados recebem, respectivamente, 65.000 e 33.000 reais diretamente em suas contas para gastar como bem entenderem, segundo o relatório da ONG. Eles não precisam apresentar nenhuma nota fiscal ou comprovante, como em outras Assembleias, para gastar esse dinheiro que geralmente é utilizado em deslocamento, com passagens ou com hospedagem, entre outros.
"É extremamente grave o uso dessas verbas sem controle, inclusive porque elas não são tributáveis. Sem uma fiscalização, alguns políticos podem acabar utilizando esse dinheiro para turbinar a atividade política pessoal. Os limites entre o público e privado ficam muito cinzentos", ressalta o cientista político da FGV Marco Antônio Teixeira.
Na Assembleia mato-grossense há um agravante, até funcionários com cargos comissionados, como consultores de jurídicos, podem usar a verba indenizatória, que chega aos 15.000 reais. “O funcionamento do trabalho legislativo demanda muitas situações que o senso comum não observa. Talvez o recurso seja necessário, mas se não precisa prestar contas, como vamos saber se a sociedade precisa mesmo pagar uma conta tão alta?”, pondera o professor de ciência política Cleber Ori Cuti Martins, da Universidade Federal de Santa Maria.

Deputados recebem auxílio-moradia de forma automática

Além das verbas indenizatórias e gratificações, os parlamentares de oito estados recebem mensalmente o pagamento de auxílio-moradia. Os valores, de acordo com o levantamento da Transparência Brasil, variam de 2.850 reais a 4.338 reais. Nos três estados com maior valor do auxílio (Santa Catarina, Bahia e Minas Gerais) a remuneração é dada de forma indiscriminada a todos os deputados, inclusive para aqueles que têm residência onde ficam os Legislativos, o que teoricamente não justificaria a utilização do benefício. Tanto em Santa Catarina como na Bahia o valor é repassado automaticamente. Além desses estados, atualmente, o auxílio-moradia está disponível para deputados estaduais de Roraima, Tocantins, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro.
De acordo com a assessoria da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), dos 63 deputados apenas dois recusam o benefício. Consultada, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALSC) confirmou que o auxílio é dado automaticamente, mas não respondeu quantos abrem mão do pagamento.
No caso de Minas, o benefício voltou a ser liberado para aqueles que têm casa em Belo Horizonte e na região metropolitana neste ano após uma  sessão realizada no início de fevereiro gerando uma forte polêmica. Uma emenda de última hora também fez o valor da verba do auxílio saltar de 2.850 reais para 4.377,73 reais. Durante todo o ano passado, o pagamento para quem tivesse casa na capital e região metropolitana foi proibido. Os valores começaram a ser repassados em abril deste ano e o número dos deputados que requerem o auxílio saltou de 21 para 30.
Para justificar a liberação do benefício e o aumento da verba, a Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) afirmou que o auxílio-moradia pago aos parlamentares do Estado possui os mesmos limites e critérios previstos para o Poder Judiciário na Resolução do Conselho Nacional de Justiça, de outubro de 2014.
"Essa justificativa do Judiciário mostra que há uma deturpação no uso do dinheiro público. Quando vemos o pagamento de um benefício como esse nos perguntamos: qual é a real função dele? Em que esse pagamento pode ajudar a melhorar a representatividade, o exercício da função parlamentar?", afirma a diretora-executiva da Transparência Brasil, Natália Paiva. 
Ainda de acordo com a ALMG, uma vez que a Casa não oferece a opção de imóvel funcional para os seus membros, como é o caso da Câmara dos Deputados, a ajuda de custo deve ser concedida a todos os parlamentares.
Para o cientista político e professor da FGV  Marco Antônio Teixeira, a permissão de dar auxílio a juízes que já possuem propriedades na própria cidade em que trabalham abriu um precedente prejudicial. “É uma aberração essa medida. E abre precedente para todos, é um efeito cascata”, pondera.
Um outro caso que chamou a atenção das pesquisadoras da Transparência Brasil foi no Rio Grande do Norte. Lá os deputados estaduais podem destinar 24.000 reais anuais para qualquer entidade cultural ou social do Estado. É um benefício sem nenhum tipo de concorrência ou licitação. É uma clara atitude de “apadrinhamento e compra de apoio político”, na visão de Paiva. “É uma deturpação da atividade parlamentar”, afirma.
Se não bastassem todos esses gastos, deputados de ao menos outras cinco Assembleias ainda recebem gratificações por simplesmente fazerem o seu próprio trabalho. Em Roraima e em Rondônia, por exemplo, participar de comissões parlamentares rende um acréscimo salarial que varia de 20% a 80% dos vencimentos.
Para Teixeira, em termos jurídicos, é bastante questionável receber um extra por empenhar funções em comissões. "Como parlamentar já se espera que a pessoa ocupe outras atividades. Ela pode virar líder da comissão, da bancada, mas ter uma verba adicional não faz o menor sentido. Todas as funções fazem parte da atividade parlamentar", pondera o cientista político.

Ilhados

Em seu relatório, a Transparência Brasil caracterizou a diferenças dos gastos dos parlamentos mais pobres como irracionais. Na comparação entre as Câmaras, ele cita: Natal, tem a metade do PIB per capita deCuritiba, mas empenha com seus vereadores o dobro da capital paranaense.
De acordo com o levantamento, a média do PIB das 13 capitais mais ricas é de 35.306 reais por ano. A quantia é mais do que o dobro das 13 capitais mais pobres, (que tem média de 15.953 reais). As Câmaras Municipais destas, no entanto, gastam por vereador 16% a mais com salários, auxílios e verbas indenizatórias do que as capitais com os maiores índices de PIB per capita.
A disparidade contribuiu para aumentar um descrédito da classe política. “O que fica bastante claro é que os gastos desproporcionais dos parlamentares brasileiros acabam contribuindo para o desgaste da classe política”, avalia Paiva.
Martins, por sua vez, acredita que o parlamento brasileiro esteja isolado da sociedade que ele representa. “Os Legislativos operam como uma ilha que não tem relação com a sociedade. Em geral, estão isolados porque poucos sabem detalhes sobre o funcionamento e sobre o que fazem os deputados. Há um senso comum muito depreciativo. Só a fiscalização e a participação popular pode mudar isso”.

Marita Lorenz, a espiã da CIA que se apaixonou por Fidel Castro A 'Alemanita', como o líder cubano batizou à espiã, vive hoje sozinha em Baltimore

O oficial Ernst Hankiewicz, Marita Lorenz e Fidel Castro, em 1959. / CORDON PRESS
O destino da ilha caribenha dos cubanos e da Guerra Fria repousava em forma de pílulas envenenadas em um pote de creme rejuvenescedor Pond’s. Foi onde Marita Lorenz as escondeu quando embarcou em Miami, no início dos anos sessenta, com destino a Havana. Sua missão: matar Fidel Castro, seu amante durante oito meses. Era a Mata Hari do Caribe.

Mas, mesmo se houvesse decidido ir em frente com a chamada Operação 40, uma conspiração do governo que, de acordo com Lorenz, unia a CIA, o FBI, os exilados cubanos e a máfia, não poderia ter concretizado o plano. Quando estava no quarto do hotel Habana Libre, que costumava dividir com Castro, abriu o pote de creme e percebeu que os comprimidos haviam desmanchado, restando apenas uma massa pastosa da arma que devia acabar com a vida do líder do Movimento 26 de Julho.Nervosa, quase em pânico, e com medo de que ao chegar ao Aeroporto Internacional José Martí fosse registrada e as pílulas envenenadas encontradas, Lorenz as colocou em um pote de creme facial. "Me sentia incapaz de cumprir a missão queFrank Fiorini [Frank Sturgis, condenado posteriormente no caso Watergate] tinha me passado. Não ia matar Fidel, não falhei, como outras centenas [de pessoas] que tentaram o mesmo depois. Simplesmente era incapaz e não me arrependo", diz Lorenz hoje.
"Joguei fora pelo bidê", relata tranquila. "Não descia pela descarga e tive que empurrá-la até que desapareceu completamente. Então me senti livre", diz. "Não me arrependo de não ter matado Fidel, pelo contrário: é a decisão da qual mais me orgulho em minha vida.”
Marita Lorenz, em uma praia de Cuba, Em 1959, pouco antes de conhecer a Castro.
Contar a vida de Marita Lorenz é o mesmo que rever grande parte da história do século XX, de sua pior história, a do Holocausto, dos assassinatos políticos e da miséria humana. "Sempre estive destinada a estar sozinha. Não sei por quê", escreve em sua biografia lançada em 2001, Lieber Fidel - Mein Leben, meine Liebe, mein Verrat (Querido Fidel - Minha Vida, Meu Amor, Minha Traição), ainda não publicada no Brasil. Hoje, com 75 anos, sobrevive com a ajuda do governo em Baltimore (Estados Unidos), em um escuro e minúsculo apartamento cujo banheiro em ruínas não tem nem porta.
Lorenz deveria ter vindo ao mundo com sua irmã gêmea. No entanto, quando sua mãe chegou ao hospital, na cidade alemã de Bremen, para exames, o pastor alemão de um oficial da SS, que a repreendia por ter levado até o fim a gravidez, fruto da relação com um médico judeu, a agrediu e uma das meninas, Ilona, morreu. Marita sobreviveu. Seus pais homenagearam a bebê falecida acrescentando seu nome ao da sobrevivente: Ilona Marita Lorenz. Era 18 de agosto de 1939. Hitler planejava invadir a Polônia.
Assim começa o primeiro capítulo da biografia, que será publicada em espanhol pela editora Península, do grupo Planeta. As primeiras 48 páginas do volume relatam os primeiros 19 anos da Alemanita, como Fidel a apelidou. Na Segunda Guerra Mundial, Lorenz, de mãe americana e pai alemão, acabou internada no campo de concentração de Bergen-Belsen, quando tinha 5 anos. "No quartel onde eu estava, o mesmo onde Anne Frank morreu, nos abraçávamos. Crianças pequenas e adolescentes, para não morrer de frio, embora alguns já estivessem quase mortos", relata com serenidade, concluindo que, no entanto, chorou até esgotarem todas suas lágrimas.
Não me arrependo de não ter matado Fidel. É a decisão da minha vida da qual tenho mais orgulho
Marita Lorenz foi encontrada escondida sob uma cama de madeira, depois que o campo foi libertado pelos britânicos em 15 de abril de 1945. "Quando o motorista da ambulância me retirou do meu esconderijo, eu estava cheia de piolhos, vermes, hematomas e pesava menos de 20 quilos.” Foi uma das 200 crianças que sobreviveram sob o lema: "Não fale, não pense, não respire".
A senhora Lorenz, que no dia da sua entrevista veste camiseta e duas camisas, uma em cima da outra, e a quem o filho Mark, de 45 anos, arruma o cabelo despenteado para sair melhor nas fotos, define o que aconteceu em 1945 como o fim de um pesadelo e o início de outro. Com 7 anos, Marita foi estuprada um dia depois do Natal de 1946 por um sargento norte-americano, na Alemanha libertada pelos aliados.
MARITA LORENZ, COM O UNIFORME DO MOVIMENTO 26 DE JULIO, EM 1959.
Conheceu Fidel Castro em Havana, em fevereiro de 1959, quando tinha 19 anos e ele, 33. "Me tornei sua amante e fiquei grávida. Em Cuba, fui drogada e forçada ao que classificaram como aborto. Décadas depois fiquei sabendo que meu filho tinha sobrevivido e se chamava Andrés", diz. "Alguém pode imaginar o que isso significa para uma mãe, de quem levam seu bebê em uma mesa de operação e que sai de Cuba com o ventre vazio?", se pergunta Lorenz, enquanto acaba de comer uma banana e acaricia seu cachorro, Bufty. Há mais animais por perto, talvez sejam eles que impregnam o lugar com um cheiro forte que gruda na pele: um gato, uma tartaruga e um enorme peixe laranja, que "de vez em quando se joga como em uma missão suicida contra o vidro do aquário".
Lorenz admite que foi uma mulher em um ambiente masculino, que inventou mentiras para se proteger e também seus filhos e que disse a verdade quando foi conveniente. "Agora quero deixar as coisas claras", afirma.
A Mata Hari do Caribe já não tem o cabelo extremamente negro. Já não exibe a forma esbelta de seus anos de party girl da máfia de Nova York, de onde saíram alguns de seus amantes. Garante que não carrega arma e já não teme por sua vida.
Me tornei sua amante e fiquei grávida. Em Cuba, fui drogada e forçada ao que classificaram como um aborto
Parece deprimida. "Nunca pensei em me matar, embora às vezes tenha desejado morrer. Mas morrer é fácil, o desafio é viver."
Sentada em frente à televisão com a qual passa seus dias, ao lado de um pôster do filme The Doors, com dedicatória de Oliver Stone, que a contatou para fazer um filme sobre sua vida, a senhora Lorenz conta como foi testemunha da trama para matar John F. Kennedy, em Dallas.
Antes do assassinato houve mais histórias. Fruto de seu relacionamento em Miami com Marcos Pérez Jiménez, cruel ditador venezuelano a quem Franco acabou oferecendo asilo na Espanha, nasceu sua filha Mónica Mercedes. Também não teve sorte. Foi abandonada na selva venezuelana com uma tribo de índios Yanomami e a filha de 14 meses. Queriam que fossem mortas.
A história de Marita Lorenz tem luzes e sombras. "Alguns podem achar que é bastante incrível", diz. "Mas, já se sabe, a realidade supera a ficção." No caso de Lorenz, essa realidade é construída com lembranças que, ocasionalmente, se misturam com a história oficial. "Essa que, quando posso lembrá-la, nem sempre é confiável."

Barça derruba Juventus e vence sua 5ª Champions Equipe italiana não conseguiu parar o ataque catalão

Barcelona derrotou Juventus por 3 a 1 (foto: EPA)
Barcelona derrotou Juventus por 3 a 1 (foto: EPA)BERLIMZLR
(ANSA) - Não deu para a Juventus. Após uma grande temporada e a esperança cada vez maior de se tornar o melhor time do continente, a Velha Senhora foi derrotada pelo Barcelona por 3 a 1 e viu o clube catalão conquistar seu quinto título de Liga dos Campeões da Europa.
    Prometendo uma marcação dura, a Juve bobeou logo no início do jogo e permitiu que o Barça abrisse o placar aos 3 minutos do primeiro tempo. Em jogada de Neymar e Iniesta, a bola foi parar nos pés de Rakitic, que, na cara do gol, não desperdiçou.
    Pouco depois, Buffon foi obrigado a fazer uma grande defesa em um chute da entrada da área de Daniel Alves, mas aos poucos o clube italiano foi equilibrando o duelo e até criou algumas chances, porém sem assustar Ter Stegen.
    No início da segunda etapa, o time catalão teve a oportunidade de ampliar em uma finalização de três dedos de Luís Suárez, mas Buffon apareceu bem mais uma vez. Aos 10, saiu o gol da Juventus. Marchisio passou de calcanhar para Lichtsteiner. O suíço tocou dentro da área para Tevez, que chutou rasteiro. Ter Stegen rebateu e Morata mandou para as redes.
    Com o empate, a Velha Senhora ganhou confiança e partiu para cima do adversário, dando espaço para os perigosos contra-ataques do Barcelona. Em um deles, Messi bateu de fora da área, Buffon espalmou e a bola caiu nos pés de Suárez, que não perdoou.
    Já nos acréscimos, Neymar ainda fez o terceiro, decretando a derrota italiana e o quinto título de Liga dos Campeões da história do Barça. (ANSA)
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Ministério Público quer colocar Sócrates em prisão domiciliária Os advogados de José Sócrates são contra esta alteração, pois defendem que o ex-primeiro-ministro não deveria estar sujeito a qualquer medida de coação Ler mais: http://visao.sapo.pt/ministerio-publico-quer-colocar-socrates-em-prisao-domiciliaria=f822001#ixzz3cNwH59Jw

Ministério Público quer colocar Sócrates em prisão domiciliária
 O Ministério Público (MP) propôs a alteração da medida de coação do ex-primeiro-ministro José Sócrates, de prisão preventiva para prisão domiciliária, disse hoje aos jornalistas o advogado de José Sócrates, à saída do estabelecimento Prisional de Évora.
João Araújo acrescentou que a medida de coação do ex-primeiro-ministro, que se encontra detido preventivamente desde 25 de novembro de 2014, será analisada na terça-feira e que o ex-líder socialista se irá pronunciar sobre a questão.
O advogado acrescentou ter sido informado da pretensão de alteração da medida de coação pelo Ministério Público, que propôs que a pena de prisão preventiva fosse mudada para obrigação de permanência na residência.
A defesa de Sócrates discorda desta alteração, por considerar que o ex-primeiro-ministro não devia estar sujeito a qualquer medida de coação. 


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Nepal: A vida tem de continuar O alpinista João Garcia levou um grupo de turistas para o Nepal quatro dias após o terramoto - entende que privar os nepaleses da sua maior fonte de rendimento é condená-los a uma segunda catástrofe Ler mais: http://visao.sapo.pt/nepal-a-vida-tem-de-continuar=f821907#ixzz3cNvtHmLq

Nepal: A vida tem de continuar
Luís Barra
Quando, a 25 de abril, um terramoto com uma magnitude de 7,8 fez estremecer o Nepal, matando oito mil pessoas, João Garcia estava de viagem marcada para daí a quatro dias com destino a Katmandu, para liderar uma expedição de trekking ao Vale do Khumbu, junto ao Evereste. Mas o alpinista de 47 anos (um dos mais experientes do mundo, o décimo a escalar os 14 picos acima dos oito mil metros) decidiu manter os planos, contra as recomendações de governos de todo o mundo. A tragédia não era razão para ficar em casa. Pelo contrário. Era motivo suplementar para fazer as malas e pôr-se a caminho.
"O Nepal é como Portugal: não tem petróleo. Vive do turismo", lembra João Garcia. "E esta época já se foi. É uma segunda catástrofe. Se as pessoas passarem a ir para outros destinos, estão a cavar um buraco ainda mais profundo, a tornar mais dolorosa a recuperação daquele povo." Ao chegar à capital nepalesa, acompanhado por mais nove portugueses, o montanhista encontrou uma cidade menos destruída do que esperava. "Noventa e oito por cento dos edifícios estavam bem.
O problema maior foi nas aldeias da região, com habitações rústicas construídas com pedra em cima de pedra." Aí sim, os efeitos do sismo revelaram-se catastróficos. "Algumas povoações ficaram arrasadas, incluindo a que servia o campo-base do Evereste; noutra, 200 casas ficaram debaixo do gelo que se desprendeu de uma encosta."
'Havia equipas de resgate que não sabiam para onde ir'
João Garcia e os companheiros caminharam por Khumbu, quase sozinhos. Com mais de 30 carimbos do Nepal no passaporte, oalpinista nunca tinha atravessado o vale sem se cruzar com outros caminhantes, ou helicópteros com turistas. Ao fim de duas semanas (que incluíram uma forte réplica do sismo), João despediu-se do resto do grupo, que regressou a Portugal, e ficou os sete dias seguintes em Katmandu a dividir sacas de arroz, lentilhas e bolachas, e a distribuir pregos, arame, oleados, sopa e pacotes de chá.
Naquele momento, toda a ajuda era pouca, para compensar alguma descoordenação humanitária. "Havia equipas de resgate que não sabiam para onde ir, decisões do governo que demoravam tempo a chegar." Por agora, a carência maior é material de construção vem aí a monção. "Vai ser duro. Junho, julho, agosto e uma parte de setembro é sempre a chover, e as pessoas precisam de um sítio seco para passarem a noite. Mais tarde, no outono, é que se vão preocupar em fazer uma casa definitiva para o inverno." Até lá, a população, também aproveitando o que sobra das habitações, tem erguido nos quintais tendas ou barracas com leves telhados de zinco.
"Ainda se nota o stresse pós-traumático: ninguém quer dormir dentro de uma casa." O auxílio de João Garcia ao Nepal não terminou quando voltou para casa o montanhista organizou um jantar de angariação de fundos no restaurante nepalês junto à Igreja de São João de Brito, em Lisboa, para domingo, 31 de maio (inscrições para: ines@papa-leguas.com). "São 20 euros por jantar, e 14 vão para a ONG Khumbila Conservation Trust. É o suficiente para alimentar uma criança na escola durante três ou quatro dias, ou pagar 20% de uma bateria solar para duas famílias."


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PT EXIBE NOVO PROGRAMA NA TV SEM DILMA E LULA