terça-feira, 28 de abril de 2015

Ex-gerente da Petrobras acusa associação de interferir em pareceres jurídicos da estatal

O ex-gerente jurídico da Petrobras Fernando de Castro Sá disse em depoimento à CPI da Petrobras que havia pressões externas que interferiam nos pareceres jurídicos da estatal. Ele mencionou especificamente a Associação Brasileira de Montagem Industrial (Abemi), que, segundo ele, teria interferido nos contratos da Refinaria do Nordeste (Nenest) , principalmente em relação a cláusulas dos contratos que previam responsabilização por conta de atrasos decorrentes de fatores como chuvas.
Sá participa, neste momento, de audiência pública da sub-relatoria de Superfaturamento e Gestão Temerária na Construção de Refinarias da CPI.
Fraude em pagamentos
Ele disse ainda que houve fraude em parecer para antecipação de pagamentos a empresascontratadas. Sá afirmou que isso ocorreu nas obras da refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, em decorrência de uma greve de operários.
“Houve um parecer fraudado que pedia antecipação de pagamentos. Eu fui contra o parecer porque a lei não permite inversão na ordem de pagamentos”, explicou. “Houve pagamento por serviços não realizados”, concluiu.
Denúncias e afastamento
Sá disse que denunciou o caso e começou a se rebelar contra as interferências formalmente. Ele prestou depoimento sobre isso junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e entregou documentos comprobatórios das interferências.
Ao Ministério Público, Sá informou que comunicou os casos ao então gerente jurídico da Petrobras, Nilton Maia. Sá foi afastado da assessoria jurídica depois da denúncia.
As irregularidades, segundo o depoente, ocorriam na Diretoria de Serviços, comandada na época pelo ex-diretor Renato Duque.

Ator e diretor Antônio Abujamra morre em São Paulo Artista foi encontrado morto na casa onde morava em SP nesta terça. Ele também apresentava o programa Provocações da TV Cultura.

O ator e diretor Antônio Abujamra apresenta o monólogo "A Voz do Provocador" no teatro do Sesi Amoreiras, em Campinas (Foto: José Sebastião Maria de Souza )O ator e diretor Antônio Abujamra
(Foto: José Sebastião Maria de Souza )
O ator e diretor de teatro Antônio Abujamra, 82 anos,  morreu na manhã desta terça-feira (28), em São Paulo. Ele deixa dois filhos e dois netos.
João Abujamra, sobrinho do artista, disse que o filho Alexandre o encontrou morto em sua casa na Rua Maranhão, Higienópolis, Zona Oeste de São Paulo. As informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas.
O sobrinho contou que conversou com o tio nesta segunda-feira (27) e ele "estava ótimo". João também afirmou que ele não estava fazendo nenhum tratamento médico.
"Ele era um gênio com quem a gente sempre aprendia. Um tio amado", disse ao G1. Abujamra também era tio das atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra, do cineasta Samir Abujamra e pai do músico e ator André Abujamra.
Samir  lamentou a morte do tio em mensagem no Facebook. "Morreu meu ídolo, meu segundo pai, o homem que me fez ser artista. Tio Tó, Antônio Abujamra".
Segundo nota divulgada pela TV Cultura, emissora em que apresentava o programa Provocações, ele estava dormindo em sua casa.
"É com grande pesar que informamos que hoje, 28/042015, o apresentador de Provocações, Antônio Abujamra, faleceu. Agradecemos o carinho e apoio de todos que tem nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa", diz nota na página do programa no Facebook.
Na TV Globo, Abujamra fez muito sucesso na novela "Que rei sou eu?" (1989) como o vilão Ravengar.
Nascido em Ourinhos, em 15 de setembro de 1932, Antônio Abujamra foi um dos primeiros a introduzir os métodos teatrais de Bertolt Brecht e Roger Planchon em palcos brasileiros. Formou-se em filosofia e jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1957. Inicia-se como crítico teatral e faz suas primeiras incursões como ator e diretor no Teatro Universitário, entre 1955 e 1958, nas montagens de “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa; “À Margem da Vida” e “O Caso das Petúnias”, de Tennessee Williams; “A Cantora Careca” e “A Lição”, de Eugène Ionesco; e “Woyzeck”, de Georg Büchner.
Abujamra estreia profissionalmente em 1961, em São Paulo, no Teatro Cacilda Becker, onde dirige “Raízes”, de Arnold Wesker, e no Teatro Oficina, com “José, do Parto à Sepultura”, de Augusto Boal. “Antígone América”, de Carlos Henrique Escobar, 1962, é a primeira de uma série de montagens que dirige para a produtora Ruth Escobar.
Em 1963, associa-se a Antônio Ghigonetto e Emílio Di Biasi e funda o Grupo Decisão, com a intenção de disseminar o teatro político com base na técnica brechtiana. A primeira produção é “Sorocaba, Senhor”, uma adaptação de “Fuenteovejuna”, de Lope de Vega.
Em 1965, Abujamra dirige, no Rio de Janeiro, a montagem de “O Berço do Herói”, de Dias Gomes. A peça foi interditada pela censura no dia do ensaio geral. Nos anos seguintes, dedica-se ao Teatro Livre, companhia de Nicette Bruno e Paulo Goulart realizando montagens ambiciosas, como “Os Últimos”, de Máximo Gorki.
Em 1975, dirige Antônio Fagundes no monólogo “Muro de Arrimo”, de Carlos Queiroz Telles, paradoxo entre as duras condições de vida de um operário da construção civil e suas ilusórias expectativas de um futuro brilhante, e recebe o Prêmio Molière, pela direção de “Roda Cor de Roda”, de Leilah Assumpção.
Na primeira metade dos anos 1980, Abujamra se engaja em recuperar o Teatro Brasileiro de Comédia. Entre seus espetáculos mais significativos no TBC estão “Os Órfãos de Jânio”, de Millôr Fernandes, 1981; “Hamletto”, de Giovanni Testori, 1981; “Morte Acidental de um Anarquista”, de Dario Fo, 1982; e “A Serpente”, de Nelson Rodrigues, 1984. Em 1987, encerrado o projeto do TBC, Abujamra dirige, para a Companhia Estável de Repertório, de Antonio Fagundes, a superprodução “Nostradamus”, de Doc Comparato, grande êxito de bilheteria.
Aos 55 anos, Abujamra inicia sua carreira de ator. Em dois anos, atua em duas telenovelas e três peças e é premiado pelo desempenho no monólogo “O Contrabaixo”, de Patrick Suskind, 1987. Em 1991, recebe o Prêmio Molière pela direção de “Um Certo Hamlet”, espetáculo de estreia da companhia Os Fodidos Privilegiados, fundada por Abujamra para ocupar o Teatro Dulcina, no Rio.

Projeto da terceirização chega ao Senado

Chegou ao Senado e deverá ser lido na sessão plenária desta terça-feira (28) o projeto que regulamenta e expande a terceirização no país. Na ocasião, o presidente da Casa, Renan Calheiros, deverá indicar as comissões que se encarregarão de examinar a proposição. Aprovado na Câmara sob o número PL 4330/2004, o texto suscitou polêmica e intenso debate antes de ser aprovado pelos deputados.
A proposta receberá agora nova numeração no Senado, onde também deve enfrentar resistências e receber alterações. Renan e os líderes das duas maiores bancadas, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE), já disseram que não concordam com alguns pontos aprovados pelos deputados. Outros senadores também já criticaram publicamente o projeto.
O presidente do Senado se opôs à proposição em declarações dadas nas últimas semanas. Disse que a terceirização não poderia ser “ampla, geral e irrestrita” e que não permitiria prejuízos aos direitos trabalhistas.
— Vamos fazer uma discussão criteriosa no Senado. O que não vamos permitir é pedalada contra o trabalhador. O projeto tramitou 12 anos na Câmara. No Senado, terá uma tramitação normal — garantiu.
Assim como Renan, o líder petista Humberto Costa mostrou-se contrário à mudança central feita pelo projeto, que permite às empresas contratar trabalhadores terceirizados para suas atividades-fim. Ele garantiu que, se depender do PT, a proposta não passará no Senado do jeito que foi aprovada pela Câmara.
— Não há qualquer negociação que possamos abrir sobre atividade-fim das empresas. Ou ela sai do projeto, ou votaremos contra — advertiu.
O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), também defende mudanças. Para ele, terceirizar atividade-fim é um erro.
— A terceirização é importante e moderniza o país, mas não pode ocupar espaço na atividade-fim de qualquer empresa do Brasil — afirmou ele em entrevista à imprensa.

EI executou 2.154 pessoas na Síria em 10 meses de «califado»

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou 2.154 pessoas desde que declarou um califado nas zonas sob seu controlo na Síria, a 28 de Junho de 2014, segundo um balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Segundo um comunicado, desde essa data a ONG documentou o assassínio por parte dos extremistas de 1.362 civis, entre os quais 930 membros do clã tribal Al Shuitat, nove menores de idade e 19 mulheres.
As execuções ocorreram nas províncias de Damasco, Rif Damasco, Al Raqqah, Al Hasaka, Aleppo, Homs, Hama e Deir ez Zor. A morte dos membros da tribo Al Shuitat ocorreu na província de Deir ez Zor.
Os métodos usados pelo EI foram fuzilamentos, decapitações, degolações, apedrejamentos, assim como queimar as vítimas ou lancá-las de edifícios.
Além disso, os jihadistas executaram 137 membros de facções rebeldes, de brigadas islamitas, da Frente al Nusra (unidade da Al Qaeda na Síria), e da milícia curda Unidades de Proteção do Povo.
Esses combatentes foram assassinados após serem feitos prisioneiros do EI durante confrontos e em postos de controlo jihadistas.
O número de vítimas inclui ainda 126 membros do EI, que foram acusados de espiar para outros países, a maioria capturados quando tentavam fugir da Síria.
As execuções também mataram 529 soldados das forças leais a Damasco, que foram presos pelos radicais durante combates e em postos de controlo.
O Observatório não descartou que o número de vítimas seja maior, pois há centenas de prisioneiros nos centros de detenção dos jihadistas.
No final de Junho do ano passado, o EI proclamou um califado nas zonas conquistadas tanto na Síria como no vizinho Iraque, onde assumiu o controlo da cidade de Mossul, a segunda maior do país.
Na Síria, o grupo jihadista tem o respectivo bastião em Al Raqqah, onde domina a capital provincial.

Associação de blogueiros recebe deputados, lideranças e novos associados em almoço

Campeão do UFC, Jon Jones se entrega e está sob custódia da polícia Lutador do Ultimate é acusado de causar acidente no trânsito e não prestar socorro à vítima, uma mulher grávida de cerca de 20 anos de idade, que quebrou o braço

Jon Jones é preso (Foto: Reprodução)Jon Jones se entregou na segunda-feira (Foto: Reprodução)
Campeão do UFC, Jon Jones se entregou, nesta segunda-feira, e está sob custódia do Departamento de Polícia de Albuquerque. A notícia foi divulgada pelo site "MMA Fighting", que confirmou a informação junto ao porta-voz da instituição policial, Tanner Tixier. A fiança de "Bones" foi estipulada em US$ 2,500 (cerca de R$ 7.293 mil) e poderá ser efetuada apenas com dinheiro em espécie. Por lei, ele deve pagar 10% deste valor para acompanhar as investigações em liberdade.
Jon Jones causou um acidente no último domingo e não prestou atendimento à vítima - uma grávida, que fraturou o braço - e fugiu do local. Acusado formalmente por cometer um "crime doloso", o americano pode pegar até três anos de detenção - além do pagamento de multas. 
Jon Jones teria sido visto por um policial de folga, que reconheceu o atleta, que havia fugido a pé do local da batida. O site "ESPN" informou que vestígios de maconha e um purificador para consumo da droga foram encontrados no carro utilizado pelo americano.
Campeão do peso-meio-pesado do Ultimate, "Bones" tem luta marcada para o próximo dia 23 de maio, no UFC 187, quando enfrenta Anthony Johnson. Ainda segundo o MMAFighting", o UFC está a par dos desdobramentos, mas não irá divulgar nenhum comunicado nesta segunda-feira. 

Prisão perpétua por homicídio para o capitão do ferry sul-coreano naufragado

O capitão do ferry Sewol, cujo naufrágio há um ano causou 304 mortos, foi condenado hoje a prisão perpétua na sessão do julgamento de recurso, em que os magistrados reviram a anterior sentença de 36 anos de prisão.

Na sua decisão, o Alto Tribunal de Gwangju declarou Lee Joon-seok culpado de homicídio, por não cumprir deliberadamente as suas responsabilidades como capitão durante o naufrágio.
A sentença destaca que o capitão se mostrou passivo durante os momentos cruciais, já que não deu ordem de evacuação da embarcação quando o devia ter feito, e não efetuou também esforços para resgatar os passageiros.