sábado, 25 de abril de 2015

A China quer comer mais carne

Um açougue chinês com carne importada do Brasil. / EFE
À medida que a economia chinesa cresce e sua classe média nas cidades aumenta, as necessidades de seus quase 1,4 bilhão de cidadãos mudam. Sua alimentação não é uma exceção. Vários produtos de primeira necessidade como a carne, o peixe e os laticínios ganharam peso nas refeições, e os consumidores pedem cada vez mais variedade, sofisticação e qualidade. E a China não vê inconvenientes em procurar fora de suas fronteiras.
As importações de produtos agroalimentares do gigante asiático chegaram a 135 bilhões de dólares em 2014, o dobro de suas exportações. Apesar de o país ser praticamente auto-suficiente em cereais – a política agrícola o obriga a garantir 95% da demanda -, o abastecimento de outros produtos alimentícios depende de suas compras no exterior. O principal provedor de alimentos da China são os Estados Unidos, com 22,4% do total, mas na lista dos 20 primeiros também estão o Brasil, a Argentina, o Uruguai, o Chile e o Peru.
O caso da carne bovina é especialmente significativo. O Uruguai é o segundo maior fornecedor deste produto ao gigante asiático, atrás apenas da Austrália, enquanto a Argentina é o quarto. Segundo dados coletados pela Embaixada argentina em Pequim, as compras de carne bovina desossada congelada aumentaram 96% em 2014, em relação ao ano anterior.
Apesar de o produto-estrela continuar sendo a soja e seus derivados, espera-se que o país sul-americano diversifique sua oferta. “A Argentina tem amplas oportunidades nesta área e está promovendo uma ambiciosa agenda de cooperação para incluir mais produtos”, afirmam diplomatas do país. Entre eles, está a carne bovina com ossos e a carne ovina da Patagônia.
A maior dificuldade para ampliar o leque de produtos está nos rígidos controles de qualidade das autoridades chinesas
O apetite da China também fez disparar a compra de outros produtos pouco habituais na dieta tradicional chinesa, como o leite em pó e o queijo.
“Sem dúvida alguma, a importação de carne fresca e congelada continuará crescendo nos próximos anos, por causa do aumento contínuo da demanda”, afirma Chen Wei, secretário-geral da Associação de Carne da China, que lembra que o nível atual de consumo dos chineses continua muito abaixo ao dos demais países desenvolvidos.
O Chile, que há mais oito ano assinou um Tratado de Livre Comércio com a China, conseguiu recentemente um acordo definitivo com as autoridades do país asiático para começar a enviar carne bovina e ovina. No entanto, durante esses anos, os chilenos conseguiram se posicionar como os primeiros exportadores de frutas frescas, como maçã, uva, cereja, ameixa e mirtilo. Também se tornou no segundo maior fornecedor de vinho para a China, atrás apenas da França. Carlos Parra, representante para a área agrícola da Embaixada chilena em Pequim, considera que seu país está bem posicionado neste setor e que existem “expectativas razoáveis” de que o comércio continue crescendo até 2020.
A maior dificuldade para ampliar o leque de produtos está nosrígidos controles de qualidade impostos pelas autoridades chinesas. “Há uma parcela muito importante da população chinesa que quer consumir produtos saudáveis, já que tanto a terra, a água e o ar do país têm altos graus de contaminação (...) O Chile tem uma boa fama na China, mas vai precisar manter a qualidade e vigiar de perto a inocuidade dos alimentos”, explica Parra. Não à toa, os contínuos escândalos de segurança alimentar por parte dos produtores locais deixaram assustados os consumidores do país. Apesar de as autoridades tentarem combater esses casos, as marcas estrangeiras têm uma reputação melhor, e isso favorece suas vendas diante dos clientes mais exigentes.
Até a indústria local acredita que os produtos estrangeiros continuarão ganhando importância. Ning Gaoning, conselheiro delegado da gigante alimentar Cofco, afirmou recentemente que as compras de produtos agrícolas passaram das atuais 120 milhões de toneladas a 200 milhões de toneladas na próxima década.
Diante desse salto, a própria Cofco já tomou atitudes para exercer mais controle no mercado internacional. As aquisições de 51% das empresas Nidera e Noble – pelas quais desembolsou 2,8 bilhões de dólares – permitirão ao gigante asiático observar melhor o mercado mundial de grãos. Ambas as companhias são líderes na América do Sul e têm uma forte presença no Brasil e na Argentina. Os planos de expansão e o lançamento das ações em bolsa de todo o grupo poderá transformar a Cofco em um dos pesos-pesados internacionais, ao lado das norte-americanas ADM, Bunge e Cargill, e a francesa Dreyfus.

Indonésia confirma execução de segundo brasileiro no ano



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A indonésia confirmou a execução de um segundo brasileiro neste ano. Após o fuzilamento de Marco Archer, em janeiro, como consequência de condenação por tráfico de drogas, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, que foi condenado pelo mesmo crime em 2005, terá o mesmo destino, informaram as autoridades indonésias à família do brasileiro, segundo a BBC Brasil. Junto com Gularte, há outros nove condenados à morte, como a filipina Mary Jane Veloso e cidadãos da França, Austrália e Nigéria.

A Indonésia rejeitou em janeiro um pedido de clemência a Gularte
apresentado pelo Governo brasileiro, e a mãe do condenado, Clarisse Muxfeldt Gularte, informou que pediria ao papa Francisco para intervir na questão. À época da rejeição do pedido de clemência, as Nações Unidas também apelaram para que o país asiático suspendesse as execuções de pessoas condenadas por tráfico e fizesse uma "revisão completa" de todos os pedidos de clemência na direção da comutação das penas. A defesa do brasileiro ainda acreditava que o presidente da Indonésia, Joko Widodo, pudesse reconsiderar a decisão por razões médicas. O advogado Utomo Karim, que representa Gularte, alegou que ele sofre de esquizofrenia para tentar barrar a execução, mas não parece ter comovido a Justiça indonésia.A data das execuções não foi anunciada, mas a lei indonésia prevê que os presos sejam informados com pelo menos 72 horas de antecedência sobre a decisão — o que significa que os fuzilamentos poderão ocorrer a partir da próxima terça-feira. Um diplomata ouvido pela BBC disseram que o paranaense reagiu com "surpresa"e um discurso "delirante"ao ser avisado da sua execução. "Ele fez uma série de declarações desconexas, estava totalmente disperso, com um discurso aproximando-se do delirante. Ficou evidente o grau de desconexão com a realidade", explicou o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro.
Segundo a BBC Brasil, Ricky Gunawan, que também representa Gularte, entrará com recurso na segunda-feira para tentar reverter a decisão. "Condenamos fortemente esta decisão. Isto prova que o sistema legal indonésio não protege os direitos humanos. O fato de que um prisioneiro com uma doença mental possa ser executado é mais do que um absurdo", disse o advogado.

Crise diplomática

A execução de outro brasileiro, Marco Archer, em janeiro, gerou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. Em fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff recusou a carta credencial do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, que compareceu ao Palácio do Planalto para repassar o documento ao Governo brasileiro, assim como os novos embaixadores da Venezuela, de El Salvador, do Panamá, do Senegal e da Grécia.
“Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento de credenciais, nada mais que isso”, explicou Dilma em entrevista após a cerimônia.
Em meio às tensões, o Governo da Indonésia pediu respeito a suas leis. "Podemos entender a reação do mundo e dos países que têm cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis que se aplicam em nosso país", disse o procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo.

Golpe trágico a um dos berços da humanidade O sismo no Vale Katmandu destrói um dos tesouros artísticos mais importantes da Ásia e do mundo

A torre Dharahara antes do terremoto, à esquerda, e depois, à direita.
Nepal é, sem dúvida, um país mais conhecido por suas riquezas naturais do que por seu patrimônio cultural. A cordilheira do Himalaia, esculpida com seus imponentes picos – alguns deles os mais altos do planeta, como o monte Everest – deixou em segundo plano um dos tesouros culturais mais importantes da Ásia e da humanidade: o Vale Katmandu. No entanto, o catastrófico terremoto que devastou a região revela de forma trágica seu extraordinário valor cultural.
Unesco reconheceu sete grupos monumentais como Patrimônios da Humanidade no vale da capital nepalesa. Todos teriam sido atingidos em maior ou menor grau pelo tremor de 7,8 pontos na escala Richter que castigou a região. Do ponto de vista espiritual, o vale é resultado da junção do hinduísmo e do budismo que, teriam encontrado seu ponto de perfeita fusão nas elevadas práticas do tantrismo, comum às duas religiões. Katmandu também é o resultado da combinação de culturas e línguas de origem tibetana-birmanesa, como a neuar e a tibetana, assim como de origem indo-europeia, como as indianas e nepalesas.
Entre os monumentos catalogados pela Unesco se encontram em primeiro lugar os chamados complexos urbanos palacianos, também conhecidos como as praças Durbar. Trata-se de um conjunto de construções religiosas e civis que constituem a representação artística mais elevada da cultura neuar, nativa de Katmandu. Esses complexos arquitetônicos que ainda fazem parte dos centros históricos das cidades de Katmandu, Patan e Bhadakpur, são formados pelos próprios palácios reais e por uma infinidade de templos hinduístas e budistas, grandes fontes e estátuas. Os edifícios de tijolo e madeira da praça Durbar de Katmandu, conhecida como Hanuman Dhoka, foram construídos pela dinastia Malla entre os séculos XII e XVIII. Entre eles se destacam os templos de Taleju e Jaganath, e a estátua do rei Pratap Malla, o grande sino e o grande tambor.
Nesse cenário se destaca a famosa e misteriosa inscrição do século XVII, dedicada à deusa Cali e escrita em 15 diferentes línguas, que se encontra em um dos muros do palácio real e sobre a qual há várias lendas motivadas pela dificuldade de se interpretar corretamente suas palavras. A mais famosa conta que a inscrição contém instruções para descobrir o tesouro perdido do rei Patrap Malla, que se encontraria no subsolo da praça Durbar. Também chamam a atenção as maravilhosas janelas panorâmicas em madeira talhada por artistas neuares com imagens budistas e hinduístas de divindades como Shiva, Vishnu e Garuda. Algumas amostras da arte neuar, incluindo uma gigantesca janela talhada em preto, podem ser contempladas no Museu de Culturas do Mundo recentemente inaugurado em Barcelona, na Espanha.
O segundo grande grupo monumental do vale de Katmandu é formado pelos templos hinduístas de Pashupatinath e Changu Narayan. O primeiro, dedicado a Shiva, está a apenas cinco quilômetros de Katmandu, às margens do rio Bagmat. É considerado o mais sagrado do Nepal e um dos mais importantes templos para os devotos hindus seguidores do shivaísmo em todo o planeta. Já o templo de Changu Narayan, uma joia arquitetônica do século IV, com seus tetos inclinados, tão característicos dos pagodes da arquitetura nepalesa, contêm uma imagem talhada em pedra e de extraordinário valor de Vishnu e sua consorte, Lakshimi. As duas divindades estão montadas sobre a águia mitológica conhecida como Garuda. Infelizmente, Changu Narayan foi também bastante atingido pelo terremoto.
REUTERS-LIVE!
Finalmente, cabe destacar os dois grandes monumentos budistas do vale: as gigantescas estupas (em sânscrito) de Swayambhunath e Boudhanath. Penetrantes olhos azuis dominam a estupa esférica de Boudhanath, cuja altura é de 36 metros. Trata-se de um dos monumentos mais sagrados para os fieis budistas e, especialmente, para os tibetanos, que o rodeiam há séculos. Atualmente, a comunidade tibetana exilada em Katmandu mora nesta região do vale e construiu mais de 50 tempos e mosteiros ao redor da imponente estupa. Boudanath também se tornou o monumento mais visitado por turistas estrangeiros no Nepal.
Ao longo de sua história, Katmandu sofreu vários terremotos de efeitos devastadores sobre seu patrimônio. O último deles foi em 15 de março de 1934. Infelizmente, os efeitos do mais recente tremor sobre o conjunto monumental e artístico do vale são de dimensões catastróficas e provavelmente irreparáveis para o conjunto da memória histórica e artística do Nepal e de toda a humanidade. Amanhã, os nepaleses tentarão encontrar um consolo para conviver com esta tragédia humana e material em suas íntimas crenças hindus e budistas sobre a efemeridade da existência.
Josep Lluis Alay é diretor de Patrimônio, Museus e Arquivos da Prefeitura de Barcelona e professor de História Asiática da Universidade de Barcelona.

Um intenso terremoto abala o Nepal e provoca mais de 1.300 mortes Pânico domina capital Katmandu, enquanto continuam as buscas por sobreviventes entre os escombros


Equipes de resgate no Nepal. / REUTERS LIVE
Mais de 1.300 pessoas morreram, quase 2.000 estão feridas e um patrimônio cultural incalculável foi destroçado no terremoto de 7,9 graus na escala Richter que sacudiu o Nepal neste sábado, segundo as últimas estimativas oficiais, citadas pela agência Reuters. É a pior catástrofe natural sofrida pelo país desde 1934, quando outro terremoto deixou cerca de 8.500 mortos.
O tremor, que teve epicentro a 150 quilômetros a oeste de Katmandu, afetou também a Índia, onde foram registradas mais de 30 vítimas fatais, e o Tibete, onde as autoridades chinesas confirmaram a morte de pelo menos uma dezena de pessoas. Também causou uma avalanche no Everest, provocando a morte de mais de dez alpinistas, embora alguns meios de comunicação locais informem a cifra de 18.
Na capital do Nepal, onde vários edifícios desmoronaram, milhares de pessoas optaram por passar a noite ao relento, apesar da chuva que cai nesta noite sobre a cidade.
Aproximadamente metade das vítimas fatais confirmadas até o momento faleceu no vale do Katmandu, uma das regiões mais densamente povoadas do Nepal. Mais de vinte réplicas sacudiram o país depois do primeiro terremoto. Segundo mensagem do ministro de Finanças do Nepal no Twitter, em Barpak Larpak, zona do epicentro, “cerca de 90% de aproximadamente mil casas e cabanas foram destruídas”.
Os hospitais do país, de 28 milhões de habitantes e um dos mais pobres do mundo, estão completamente lotados e constantemente solicitando doações de sangue. Os trabalhos de resgate e auxílio são dificultados pelos estragos nas redes de comunicação e elétrica do país, que já são insuficientes. O Governo do Nepal alertou que o tremor pode aumentar os blecautes já enfrentados pelos cidadãos.
Vários monumentos desta capital de enorme riqueza histórica foram derrubados pelo terremoto. Imagens distribuídas pelas testemunhas através da Internet mostram tesouros como a praça Patan Durbar, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, na qual seus antigos templos hindus de madeira desmoronaram. Da torre Dharara, do século XIX, um dos símbolos de Katmandu e com 62 metros de altura, resta menos do que um toco. O monumento, no qual nos últimos dez anos era possível subir para admirar a paisagem da cidade, despencou causando a morte de dezenas de pessoas. Cerca de 200 pessoas haviam comprado ingressos para visitar o monumento neste sábado.
Segundo o site nepalês eKantipur.com, “monumentos históricos como a torre Dharara e as praças de Basantapur Durbar e Patan Durbar ficaram completamente destruídas”. O aeroporto Thribhuvan da capital, que fechou inicialmente como consequência do terremoto, voltou à normalidade poucas horas depois.
O Governo nepalês declarou estado de crise nacional e estabeleceu um fundo de 500 milhões de rupias nepalesas para a reconstrução da infraestrutura. O primeiro-ministro Sushil Koirala cancelou a visita oficial que faria à Indonésia e pediu aos cidadãos para que ajudem na medida do possível as tarefas de resgate.
Vários países ofereceram ajuda: o primeiro a chegar foi um avião militar Hércules da Índia, que transportava 3,5 toneladas de medicamentos e material de ajuda e uma equipe de 40 pessoas especialistas em tarefas de auxílio. Nova Déli tinha previsto enviar também um hospital móvel.
O Governo espanhol expressou consternação pelo terremoto e transmitiu suas condolências aos familiares das vítimas e às autoridades dos países afetados. Em um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores informa que o Executivo transmite sua “solidariedade” e “proximidade máxima com o povo” nepalês, segundo a agênciaEfe, e afirma que, por enquanto, não há vítimas espanholas.
O terremoto representa um duro golpe para o Nepal em momentos difíceis. O país, encaixado entre a Índia e a China e sobre algumas das montanhas mais altas do mundo, tenta superar a crise causada pelo assassinato da maior parte da família real em 2001, cometido pelo príncipe herdeiro, Dipendra, antes de se suicidar. Em 2008, a monarquia foi abolida depois de uma rebelião maoísta.
O Governo atual tenta diversificar a economia, dependente do turismo e da agricultura, e ensaiou uma aproximação com a China, sem deixar para trás seus tradicionais laços com a Índia. Um dos projetos que avalia para sair do isolamento é a possível construção de uma linha de trem que conecte o país com a China através do Tibete.

Balanço do sismo no Nepal ultrapassou os 1.000 mortos -- Polícia Ler mais: http://visao.sapo.pt/balanco-do-sismo-no-nepal-ultrapassou-os-1000-mortos-policia=f817773#ixzz3YLEPQtpI

Katmandu, 25 abr (Lusa) -- O forte terramoto que hoje abalou o Nepal fez mais de 1.000 mortos, informou um porta-voz da polícia citado por agências internacionais.
"O balanço de mortos atingiu os 1.170", disse Kamal Singh Bam.
"Os trabalhos de socorro prosseguem", acrescentou.


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Papa confirma que quer vir a Fátima em 2017 - Renascença

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Pelo menos 63 médicos trocaram o público pelo privado entre 2013 e 2014

SIC

Nos últimos dois anos pelo menos 63 médicos trocaram o serviço público pelo privado. Segundo dados divulgados hoje pelo Expresso, referentes aos anos de 2013 e 2014, o Algarve é a região mais afectada pela saída dos médicos em que, ao todo, se registam  21 casos. Seguem-se as regiões de Lisboa e Centro com 15 saídas cada. Grande parte dos que abandonaram o serviço público, são médicos de medicina geral e familiar o que agrava um problema antigo nos Centros de Saúde. Segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde há um milhão e 300 mil utentes em Portugal sem médico de família.