sexta-feira, 10 de abril de 2015

Governo vai ao STF para derrubar autonomia da Defensoria Pública Em 2013, órgão conseguiu poder para elaborar seu próprio orçamento. Ação diz que autonomia permite criar benefícios indevidos aos membros.

A presidente Dilma Rousseff enviou nesta sexta-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação que visa derrubar a autonomia funcional e administrativa da Defensoria Pública da União, que presta assistência jurídica gratuita a pessoas de baixa renda. O objetivo é impedir que o órgão possa elaborar seu próprio orçamento e dispor sobre a organização de seus servidores.

Desde sua criação, em 1985, a Defensoria Pública da União era subordinada ao Ministério da Justiça, mas, em 2013, uma emenda constitucional promulgada pelo Congresso estendeu ao órgão a autonomia que já era dada às defensorias estaduais.
O objetivo foi aumentar as verbas para a instituição e ampliar seus serviços, voltados para causas apresentadas à Justiça Federal, envolvendo questões previdenciárias, por exemplo.

Na ação protocolada no STF, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa judicialmente o governo federal, argumentou que a proposta que deu autonomia à DPU não poderia ter sido apresentada por um parlamentar - no caso, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) -, mas sim pela própria Presidência da República.

A ação cita trecho da própria Constituição que diz ser de "iniciativa privativa" do presidente leis que disponham sobre o regime jurídico, o provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de servidores públicos da União. Para o governo, a iniciativa do próprio Congresso em dar autonomia à DPU afronta o princípio da separação dos Poderes.

No STF, a ação será analisada pela ministra Rosa Weber, sorteada para ser relatora do processo.

A própria ação pede uma decisão liminar (provisória) para suspender imediatamente a autonomia da DPU, mencionando uma resolução do órgão, editada em outubro, que concede aos defensores federais pagamento de ajuda de custo para moradia, benefício dado somente a juízes e promotores.
Ajuste fiscal

Segundo apurou o G1, a ação é parte do esforço de ajuste fiscal levado pelo Executivo neste ano, que visa reduzir gastos e reequilibrar as contas públicas.

Há receio de que outros órgãos subordinados ao governo também busquem sua autonomia financeira – um exemplo é a Polícia Federal, que busca aprovar uma emenda semelhante à da Defensoria no Congresso desde 2009.

"A urgência da liminar postulada justifica-se no fato de que a extensão às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal da autonomia deferida às Defensorias Públicas Estaduais autoriza a emissão, em decorrência, de atos normativos que permitem a concessão de indevidas vantagens e benefícios, inclusive de natureza financeira, aos seus membros integrantes", diz trecho da peça.

No mês passado, a Câmara aprovou um aumento no salário do defensor público-geral da União, de R$ 31 mil para R$ 33,7 mil (o mesmo de um ministro do STF, topo da remuneração no funcionalismo) a partir de 2016. O reajuste, porém, ainda depende de aval do Senado.

Se aprovada em definitivo, o aumento cria um efeito cascata, já que outras carreiras da categoria também terão reajustes em seus salários. As faixas salariais dos defensores têm diferença de 5% entre si. Atualmente, há no país cerca de 550 defensores federais e 2.220 estagiários.

Fachin é o nome de Dilma para STF

Depois de mais de 250 dias de aberta a vaga no Supremo Tribunal Federal e quase dez nomes circulando no meio jurídico, a presidente Dilma Rousseff definiu o perfil do substituto de Joaquim Barbosa na Corte: um jurista, com currículo sólido e que esteja fora do embate partidário. 

Na opinião dela, quem se encaixa nesse perfil é Luís Edson Fachin, que já foi cotado para vaga anterior em que o escolhido foi Luis Roberto Barroso. Fachin tem a simpatia de um grande número de ministros do STF.

Para viabilizar a indicação, no entanto, a presidente terá de recompor sua base parlamentar, tarefa entregue ao vice-presidente, Michel Temer.

Dilma havia sido informada que senadores do PMDB, liderados por Renan Calheiros, não aceitariam nome que tivesse qualquer identidade com partido ou com o governo. Isso eliminou as chances de José Eduardo Cardozo e Luis Inácio Adams, ministros de Dilma. 

Mais adiante, o nome de Fachin também foi incluído nessa lista sob o argumento de que ele tem ligações com o PT e com o movimento dos sem-terra. O governo, no entanto, nega essa ligação e busca como resposta o fato de ele ter o apoio de dois senadores do Paraná que não são petistas: Roberto Requião (PMDB) e o tucano Álvaro Dias.

Para o grupo de Renan, o melhor nome para o STF a esta altura seria alguém que já passou por sabatina no Senado, caso dos ministros do STJ. Nessa hipótese, despontam nomes como Luis Salomão, Mauro Campbel e Benedito Gonçalves.

"Se a presidente quiser bancar o nome, pode até ser aprovado", disse um aliado de Renan no Senado, demonstrando que a indicação teria custo político alto.
   
A decisão da presidente deve ser tomada na semana que vem.

Presos na 11ª fase da Lava Jato chegam à sede da PF em Curitiba Ex-deputado federal André Vargas e o irmão foram os primeiros a chegar. Sete pessoas foram presas nesta sexta-feira (10) pela Polícia Federal.

Os presos na 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (10), começaram a chegar à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba no meio da tarde. Os primeiros a chegar foram o ex-deputado federal André Vargas (sem partido) e o irmão dele Leon Vargas. Eles vieram de carro de Londrina, norte do Paraná, onde foram presos.
O comboio com os irmãos chegou à PF às 16h10. As imagens são do repórter-cinematográfico Rafael Trindade, da RPC. Já às 20h50 chegaram outros quatro presos - o ex-deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), Élia Santos da Hora, Ivan Mernon da Silva Torres, e Ricardo Hoffmann.
Dos sete presos, apenas o ex-deputado Pedro Corrêa, que cumpre prisão em regime semiaberto pelo processo do mensalão, em Pernambuco, não chegou a Curitiba. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a transferência para Curitiba, mas a PF não informou como ela ocorrerá.
Além dos mandados de prisão, 16 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Nove mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, também foram cumpridos nesta manhã.
Batizada de "A Origem", a 11ª fase da Lava Jato vai além do esquema de corrupção na Petrobras e investiga indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Os dois órgãos anunciaram nesta sexta, por nota à imprensa, que vão apurar internamente as denúncias da Lava Jato. 
Segundo a PF, o nome dado a esta fase se deve ao cumprimento de dois mandados em Londrina, cidade onde morava Alberto Youssef e onde iniciaram as investigações da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, o doleiro é ponto em comum nas investigações da operação.
Presos
Até o fim da noite desta sexta, todos os presos nesta fase da Lava Jato devem ser trazidos à superintendência da PF em Curitiba.
Há indefinição apenas na data de transferência do ex-deputado Pedro Corrêa, que cumpre prisão em regime semiaberto pelo processo do mensalão, em Pernambuco. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a transferência para Curitiba, mas a PF não informou como ela ocorrerá.
Veja os nomes dos presos:
– André Vargas, ex-deputado pelo PT, foi preso em Londrina;
– Leon Vargas, irmão do ex-deputado paranaense preso em Londrina;
– Luiz Argôlo (SDD-BA), ex-deputado, preso em Salvador;
– Pedro Corrêa (PP-PE), ex-deputado que já cumpre prisão pelo mensalão do PT no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho (PE), em regime semiaberto;
– Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo, presa em Salvador;
– Ivan Mernon da Silva Torres, ex-assessor de Pedro Corrêa, preso em Niterói;
– Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade em Curitiba, foi preso em Brasília.
O esquema
De acordo com a Polícia Federal, a agência de publicidade dirigida por Ricardo Hoffmann era contratada pela Caixa e pelo Ministério da Saúde. Ela fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários que eram de fachadas e tinham como sócios André Vargas e seu irmão, Leon Vargas.
Como não havia prestação de serviço, estas contratações eram realizadas apenas, conforme os delegados, para a lavagem de dinheiro. As irregularidades começaram entre 2010 e 2011 e se estenderam até 2014.
A polícia diz que, a princípio, esse caso não tem ligação com o esquema descoberto na Petrobras. De alguma forma, porém, todos os suspeitos têm ligação com o doleiro Alberto Youssef, apontado como o líder do esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na estatal.
Dentre as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal para a prisão de André Vargas está um pagamento de R$ 2,4 milhões feito por Youssef em dezembro de 2013. Para justificar o recebimento, segundo a investigação, foram emitidas notas fraudulentas pela empresa IT7, que possui contrato com diversos órgãos públicos. Dentre eles a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 50 milhões no ano de 2013.
Resposta dos órgãos
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que abrirá apuração interna para averiguar os fatos revelados pela Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato.
"A Caixa reitera que colaborará integralmente com as investigações e informa que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público", diz o texto completo.
Também em nota, o Ministério da Saúde disse que suspendeu pagamentos e desautorizou a emissão de novas ordens de serviço para a agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada em processo de licitação em 2010. Informou também a criação de uma Comissão de Sindicância Administrativa para avaliar a regularidade da execução do contrato com a empresa.
O Ministério diz ainda que não firmou contrato com a empresa Labogen – laboratório de fachada de Yousseff. Havia uma denúnica de que Vargas teria feito tráfico de influência para favorecer a empresa. 
"Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava-Jato, o Ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos. Isso significa que a proposta envolvendo a Labogen sequer passou da fase do cumprimento dos requisitos para assinatura de contrato", diz trecho da nota.
O Ministério sustenta que os contratos para realização de campanhas cumprem todos os requisitos exigidos por lei, mas que abriu apuração interna para analisar as denúncias de irregularidades e avaliar as medidas cabíveis diante das informações da PF. Afirma, ainda, que as informações dos contratos de publicidade serão encaminhados para as autoridades que investigam o caso.
Defesas
O advogado João Gomes Filho, que representa os irmãos André e Leon Vargas, afirmou que irá para Curitiba, para ter acesso aos autos e conhecer os motivos das prisões.
Filho adiantou que, durante o fim de semana, vai preparar o pedido de habeas corpus de André Vargas, que tem prisão preventiva. Já Leon Vargas foi preso temporariamente.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Já a prisão preventiva não tem prazo pré-definido.

Costa reafirma repasses a PT e PP, mas nega ilegalidade em licitações Ex-diretor da Petrobras enviou defesa prévia em processo da Lava Jato. No documento, defesa argumenta que ele merece receber 'perdão judicial'.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ao prestar depoimento à Justiça do Paraná (Foto: Reprodução)Paulo Roberto Costa, diz que empreiteiras não lhe
pagaram o combinado (Foto: Reprodução)
Em uma petição encaminhada como defesa preliminar à Justiça Federal no Paraná, nesta quinta-feira (9), o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, reafirmou que houve repasse de propina para os caixas do PT e do PP, durante o tempo em que trabalhou na estatal. Porém, no documento, a defesa do ex-executivo diz que o "processo licitório" foi seguido nos termos da lei.
Em depoimento na Operação Lava Jato, Costarevelou no acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) como funcionava o esquema de pagamento de propina a políticos. O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, aceitou no final do ano passado a denúncia do Ministério Público Federal contra Costa por suspeita de participação em crimes como corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Com a aceitação da denúncia, o ex-diretor da Petrobras se tornou réu em ação penal. Nesta quinta-feira (9), Costa entregou sua defesa.
De acordo com Costa, as empresas repassaram, em média, até 3% do faturamento das obras que fechavam com a Petrobras, sendo 1% para o PP e 2% para o PT. Os valores, segundo esse documento entregue agora, vinham do lucro que as empresas obtinham com os contratos. "Os  valores  dos  contratos (Rnest,  Comperj, etc),  assinados pela Diretoria de Serviços, variavam entre 15% e mais 20%. As empresas repassavam em média até 3% (1% para o PP e 2% para o PT). Estes valores eram retirados da margem das empresas", afirma a defesa.
Em depoimento dado por Costa no ano passado, ele havia dito que as empresaspraticavam superfaturamento para pagar propinas milionárias, distribuídas por ampla rede.
Na defesa apresentada nesta quinta, Costa cita cálculos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF), em cima de contratos de três obras da Petrobras, uma na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e duas na Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e diz que, em todos os casos, o preço pago pela estatal pelas obras ficou dentro da margem esperada para as construções.
"Importante  destacar  que, ao  contrário  do  pontuado  no item vii [da denúncia], o  processo  licitatório era  seguido nos   termos  da Lei 8.666/93 [Lei das licitações]", aponta a defesa.
Em outro trecho, a defesa fala sobre os pagamentos que foram feitos pelas empreiteiras ao ex-diretor da Petrobras. Conforme os advogados, Costa recebeu valores bem abaixo dos que haviam sido prometidos pelas empresas investigadas. "Nem todos os valores citados no 3º parágrafo, da página 67 [da denúncia], foram pagos. Por exemplo, a IESA tinha um contrato de R$ 1,2 milhão e só pagou três parcelas de R$ 93.850,00. A Engevix tinha um contrato de R$ 665.000,00 e pagou três parcelas de R$ 65.695,00 e três parcelas de R$ 32.847,50."
Os advogados dizem ainda que o principal responsável pela movimentação das propinas nos contratos era o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque.
Por ter colaborado com a Justiça e recebido o benefício da prisão domiciliar, a defesa de Costa entende que o cliente deve ser absolvido de qualquer condenação. "Isto posto, tendo presente a excelência da delação premiada levada a efeito pelo requerente entende-se justa e adequada a pretensão ao deferimento do perdão judicial", diz trecho da petição.
O processo no qual o ex-diretor encaminhou a defesa prévia trata especificamente de desvios de dinheiro nas obras da construção da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná. A unidade é conhecida como Repar. Além de Costa, também há outros 26 réus nessa ação. Entre eles estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco, executivos de empresas investigadas e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Leia a seguir trechos da denúncia contra Costa e de sua defesa preliminar:
Trecho da DENÚNCIA:
A título de exemplificação é possível apontar que RENATO DUQUE, PEDRO BARUSCO e PAULO ROBERTO COSTA tomavam as providências necessárias, por si próprios ou influenciando os seus subordinados, para promover: i) a aceleração dos procedimentos licitatórios e de contratação de grandes obras, sobretudo refinarias, dispensando etapas necessárias à correta avaliação da obra, inclusive o projeto básico; ii) a aprovação de comissões de licitações com funcionários inexperientes; iii) o compartilhamento de informações sigilosas ou restritas com as empresas integrantes do Cartel; iv) a inclusão ou exclusão de empresas cartelizadas dos certames, direcionando-os em favor da(s) empreiteira(s) ou consórcio de empreiteiras selecionado pelo “CLUBE”; v) a inobservância de normas internas de controle e avaliação das obras executadas pelas empreiteiras cartelizadas; vi) a sonegação de determinados assuntos da avaliação que deveria ser feita por parte do Departamento Jurídico ou Conselho Executivo; vii) contratações diretas de forma injustificada; viii) a facilitação da aprovação de aditivos em favor das empresas, muitas vezes desnecessariamente ou mediante preços excessivos.

Trecho da defesa preliminar
"11- Com relação ao item ii, constante da página 60, as comissões não eram indicadas pelo defendente, mas sim pela área da Diretoria de Serviços.
Não é correto dizer que eram indicados funcionários inexperientes; o processo interno da Petrobrás sempre foi muito rígido e seu quadro de funcionário sempre foi muito bem qualificado e com experiência.
No tocante ao item iii, o defendente desconhece quais se-jam as informações sigilosas apontada na denúncia, pois a informação mais importante era o orçamento básico e ele não era repassado.
Já no item vi, não é correta está observação do MPF, pois as normas da Petrobras eram seguidas à risca. O processo passava pelo Jurídico e somente seguia para a Diretoria Executiva depois de aprovado pelo órgão jurídico.
Importante destacar que, ao contrário do pontuado no item vii, o processo licitatório era seguido nos termos da Lei 8.666/93.
Com relação aos aditivos, descritos no item viii, estes eram analisados pelo gerente do contrato da Diretoria de Servi-ços, e se o Diretor de Serviços estivesse de acordo a apro-vação era levada para a Diretoria Executiva. Os preços do aditivo eram da planilha original do contrato."

Lula recebe Michel Temer para conversas sobre reforma política Segundo o vice-presidente, petista está 'entusiasmado' pelo assunto

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Temer presidiu a Câmara dos Deputados nos dois últimos anos do governo Lula

São Paulo – Novo responsável pela articulação política do governo, o vice-presidente da República, Michel Temer, se reuniu na tarde de hoje (9) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do Instituto Lula, na zona sul de São Paulo. De acordo com a assessoria do instituto, o encontro foi para discutir a reforma política. Segundo o presidente do PMDB, Lula está "entusiasmado" pelo tema.
Temer, que deve deixar a presidência do partido para se dedicar à articulação, disse ter recebido um pedido, da relatoria da comissão de reforma política na Câmara dos Deputados, para ajudar na discussão. Ele informou que está visitando presidentes de partidos e alguns líderes para "enfatizar a tese de que é fundamental fazer uma reforma". O líder do PMDB foi presidente da Câmara em três ocasiões, inclusive nos dois últimos anos do governo Lula, em 2009 e 2010.
Recentemente, a Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, divulgou suas propostas para reforma política. No tema financiamento de campanhas, por exemplo, a sugestão é de que se adote um modelo público e privado, "com a possibilidade de doação de pessoas jurídicas e pessoas físicas diretamente a um único partido". O PT, partido de Lula, se manifesta contra o financiamento privado.
O cotado para substituir Temer é o senador Valdir Raupp (RO), que integra a lista de investigados na Operação Lava Jato. Raupp é o primeiro vice do PMDB.

Argentina

Lula também recebeu hoje o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, pré-candidato à sucessão de Cristina Kirchner pelo Partido Justicialista, mesma legenda da presidenta da Argentina. "Ele (Lula) esteve presente ao lado dos que mais precisam, dos mais humildes, da mobilidade social, e (promoveu) uma forte agenda de integração", comentou Scioli.
Com informações do Instituto Lula

Google pode permitir integração do Android Wear com o iPhone

Apple Watch está sendo aguardado ansiosamente por milhares de fãs ao redor do mundo, porém, eles poderão matar a vontade do aparelho já neste mês. Há pouco a companhia até revelou que a partir dessa sexta-feira (10/4) será possível reservar o dispositivo, depois é só ir nas lojas para buscar o produto; uma ação realizada para diminuir as filas.
Aparentemente a Google quer aproveitar o embalo do sucesso da Apple; novas informações indicam que a companhia está trabalhando em uma atualização do Android Wear que irá permitir funcionamento dos relógios inteligentes com o iOS.
De acordo com o The Verge, a nova versão do Android Wear está sendo desenvolvida, assim é possível receber notificações e utilizar funções diretamente do iOS. E assim como em smartphones com o sistema da Google, também será possível utilizar o “Now” com o iPhone, diversos recursos que o assistente digital oferece.
Assim como o Android Wear no Android necessita de um aplicativo para funcionar corretamente com o smartphone, provavelmente os usuários de dispositivos da Apple também precisarão instalar um app. É interessante citar que até o Apple Watch utilizará um app do estilo para facilitar a “comunicação” entre o iPhone.
Ainda não há nenhuma confirmação oficial, porém, iria ser muito interessante utilizar diversos tipos de relógios inteligentes com Android Wear em interação com o iPhone. Apesar de não parecer, essa ação iria trazer frutos positivos para a companhia.

Google anuncia mais de mil temas disponíveis para Android Wear

Nesta quarta-feira (08), uma torrente de vazamentos sobre o Apple Watch rechearam a moral do primeiro relógio inteligente da Maçã, detalhando vários aspectos físicos e técnicos sobre o pequeno dispositivo. Google, tentando abafar a crescente popularidade do acessório inteligente com a famosa fruta estampada na traseira, usou seu blog oficial como palco da divulgação de novidades interessantes aos consumidores que optaram pelo Android Wear. São tantas coisas novas que se torna impossível acreditar que a data escolhida pela gigante de Mountain View seja coincidência.
Em nota, Google revelou que atingiu a marca de mais de mil temas disponíveis na loja oficial do Android Wear, plataforma específica para gadgets vestíveis, onde é possível baixar 'faces' e colocá-las no aparelho de pulso. Tal número é impressionante, visto que os usuários do sistema operacional podem desfrutar de um milhar de alternativas para personalizarem seus produtos, extinguindo quaisquer chances do cliente enjoar de seu 'brinquedo'. Em adição, deixando o projeto ainda mais atraente, mais parceiros foram listados na produção de pulseiras para os wearables.
Exemplos de faces disponíveis para os usuários do Android Wear. Já é possível escolher entre mais de mil opções de temas, julgando por aparência e funcionalidade.
 
Agora, há mais de mil faces diferentes para Android Wear — partindo dos que combinam com suas roupas aos com gatos tirando uma soneca, e outros que mostram estrelas. Para ajudá-lo a encontrar seu favorito, expandimos nossa coleção escolhida a dedo na Google Play. Então experimente uma face nova, e mude as coisas com a frequência que você quiser — diz a Google em seu blog oficial, promovendo não só a flexibilidade de sua plataforma própria para gadgets vestíveis, mas também as várias opções disponíveis para cada um deixar seus dispositivos do jeito que quiserem.
Google, ainda complementa ao falar sobre novas pulseiras:
A partir desta quinta-feira (09), novas pulseiras para relógios com Android Wear serão disponibilizadas, fazendo parte do padrão industrial de 22 milímetros.
 
Função e moda. Relógios sempre foram uma mistura dos dois, e com Android Wear, estamos trabalhando em um ecossistema de fabricantes e desenvolvedores para lhe ajudar a fazer e customizar mais, diretamente em seu pulso. Hoje estamos adicionando ainda mais formas de expressar seu estilo pessoal. A marioria dos dispositivos com Android Wear usa pulseira no padrão industrial da 22 milímetros, então você pode escolher quase qualquer banda para seu aparelho. Começando nesta semana, você também pode explorar um conjunto de opções da E3 Supply Co., Worn & Wound, e Clockwork Synergy.
Grandes empresas da tecnologia já trabalham com Android Wear, incluindo Motorola, Samsung, LG, Sony, Huawei, e afins, então basta escolher a marca e aproveitar a inteligência do robozinho diretamente em seu pulso.