sábado, 24 de janeiro de 2015

Envolvidos na morte de filho de Cissa Guimarães são presos no Rio

23/01/2015 18h55 - Atualizado em 23/01/2015 20h52

Envolvidos na morte de filho de Cissa Guimarães são presos no Rio

Rafael Bussamra, o motorista, foi condenado a 7 anos de prisão. 
Seu pai, Roberto, recebeu pena de 8 por corrupção ativa; cabe recurso.

Lívia TorresDo G1 Rio
Rafael de Souza Bussamra, condenado pela morte do filho da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas, e seu pai, Roberto Bussamra, condenado por corrupção, em 2010, foram presos nesta sexta-feira (23). Os dois chegaram à 13ª DP (Copacabana), por volta das 19h, horas após a Justiça publicar a condenação da dupla, que ainda pode recorrer da sentença.
Rafael foi preso no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, e Roberto foi detido em Vila Valqueire, no Subúrbio. Eles serão encaminhados para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste, neste sábado (24). De acordo com a delegada assistente da 13ª DP, Ana Paula Faria, a prisão é preventiva para que a "ordem possa ser mantida".
"Não houve apresentação espontânea, mas eles não ofereceram resistência ao serem presos em suas residências. Por mais que eles tenham sido condenados, como essa prisão é recorrível, não é uma prisão pela condenação. É uma prisão preventiva e temporária", explicou a delegada.
Rafael dirigia o carro em área fechada para o trânsito e foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em semiaberto, quando tem o direito de passar o dia fora da cadeia. O pai dele foi condenado a oito anos em regime fechado e nove meses em semiaberto, segundo o site do Tribunal de Justiça.
Rafael Mascarenhas, filho de Cissa, morreu em outubro de 2010 (Foto: Reprodução / TV Globo)Rafael Mascarenhas, filho de Cissa, morreu em
outubro de 2010 (Foto: Reprodução / TV Globo)
Em entrevista ao G1, Cissa disse que a sensação é de "paz" após a batalha pela punição.
"Meu sentimento é um alívio, é uma paz que me dá depois de tanta luta, depois de tanta injustiça que eu e minha família vivemos. Demorou, mas veio", disse, pedindo que o caso sirva como lição para motoristas.
"Mais cuidado pelo amor de Deus. Rafael veio mostrar essa luz. É claro que para mim e para minha família é um dia especial, apesar de ser uma dor que não vai nunca embora."
Rafael foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por quatro anos e meio.
Meu sentimento é um alívio, é uma paz que me dá depois de tanta luta. (...) Demorou, mas veio"
Cissa Guimarães, atriz
O pai dele, Roberto, foi sentenciado pelos crimes de corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico.
Sentença 
Na sentença, o juiz Guilherme Schilling destacou a atitude do pai em corromper os policiais militares numa tentativa de acobertar o filho.
Roberto admitiu que pagou R$ 1 mil de propina a dois PMs do 23° BPM (Leblon), que teriam pedido R$ 10 mil para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista. Os dois PMs que receberam a propina, Marcelo de Souza Bigon e Marcelo José Leal Martins, responderam a um Inquérito Policial Militar e foram expulsos da corporação em 2010.
“O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas", afirmou o juiz na sentença.
Rafael Bussamra (Foto: Reprodução/Globo News)Rafael Bussamra na reconstituição do atropelamento
(Foto: Reprodução/Globo News)
"Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela”, diz o texto do magistrado.
O juiz disse ainda que o comportamento "malicioso" dos réus foi decisivo para a sentença.
“O que se observa é um comportamento reprovável e malicioso dos réus, que através de uma enxurrada de inverdades buscaram não somente eximirem-se da responsabilidade penal, mas na realidade transferi-la com maior peso a outras pessoas. Percebe-se uma verdadeira degradação de valores morais em uma família de classe média, que talvez por mero individualismo, ou abraçando uma cultura brasileira de tolerar exceções, tende a apontar os erros dos outros, e colocando um verdadeiro véu sobre seus erros”, assinala o juiz.
Relembre o caso
O filho da atriz Cissa Guimaráes, Rafael Mascarenhas, foi atropelado na noite do dia 20 de julho de 2010 por um motorista que circulava em uma pista interditada, no sentido Gávea. O jovem foi socorrido ainda com vida e levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea.
Carro envolvido no acidente que matou Rafael Mascarenhas - filho de Cissa Guimarães (Foto: Bernardo Tabak / G1)Carro que atropelou e matou Rafael Mascarenhas
(Foto: Bernardo Tabak / G1)
De acordo com a secretaria de Saúde, Rafael Mascarenhas chegou à unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. Ele chegou a ser operado, mas não resistiu ao ferimentos e morreu.
Segundo a 15ª DP (Gávea), que investigou o caso, o jovem andava de skate no túnel quando foi atropelado. A CET-Rio informou que, naquela noite, a pista ficou fechada ao tráfego de veículos das 1h10 às 4h10.

Em sua defesa, Rafael de Souza Bussamra, que dirigia o carro, alegou não ter percebido que o túnel onde ocorreu o acidente estava interditado naquele dia. O motorista acrescentou que, momentos antes da colisão, seu carro estava emparelhado com o veículo de um colega e, por isso, não conseguiu parar a tempo.
Após o atropelamento, Bussamra contou que policiais o retiraram do túnel e o conduziram ao bairro do Jardim Botânico. Os PMs, segundo o réu, se encontraram no local com o pai dele, Roberto Martins, que subornou os agentes para livrar o filho do flagrante.
Roberto Bussamra e o filho Rafael na chegada à delegacia (Foto: Lívia Torres / G1)Roberto Bussamra e o filho Rafael na chegada à delegacia (Foto: Lívia Torres / G1)
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Na Medicina da USP, 43% dos alunos dizem já ter sofrido assédio sexual

24/01/2015 07h00 - Atualizado em 24/01/2015 07h00

Na Medicina da USP, 43% dos alunos dizem já ter sofrido assédio sexual

Professora da faculdade fez pesquisa com centenas de alunos em 2013.
Um terço dos participantes disseram que já pensaram em desistir do curso.

Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
Faculoade de Medicina da USP (Foto: Reprodução/TV Globo)Faculoade de Medicina da USP (Foto: Reprodução/TV Globo)
Um ano antes de denúncias de estupro e violência sexual na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) chegarem à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e ao Ministério Público Estadual (MP-SP), uma equipe de pesquisadores da faculdade começaram a elaborar um estudo para tentar quantificar os casos de desrespeito aos direitos humanos entre os estudantes de medicina da USP. Segundo a professora Maria Fernada Tourinho Peres, que coordenou a pesquisa, 317 dos dos 1.072 estudantes matriculados na graduação da FMUSP em 2013 preencheram o questionário.
A professora Maria Fernanda Peres, da FMUSP, durante audiência da CPI na Alesp (Foto: Divulgação/Alesp)A professora Maria Fernanda Peres, da FMUSP,
durante audiência da CPI na Alesp
(Foto: Divulgação/Alesp)
Desses, apenas 24 afirmaram que, durante a faculdade, não sofreram nenhum tipo de agressão. Esse número representa 7% do total. Os dados mostram ainda que 43% dos participantes do estudo disseram ter sofrido pelo menos algum tipo de assédio ou discriminação sexual.
Em entrevista ao G1, a professora explica que, ainda que quase metade dos estudantes tenham afirmado que já sofram algum tipo de agressão de natureza sexual, há vários graus de gravidade nesses casos. "Uma prevalência de 40% do que a gente chama de violência sexual é alta, mas dentro dele tem várias situações diferentes. Podem ser comentários que tenham conotação sexual, que trazem a questão da discriminação de gênero, até casos de violência mais grave, como estupro. É importante situar", ressaltou ela.
Porém, segundo Maria Fernanda, preocupa o fato de tantas pessoas terem respondido que em pelo menos um momento na faculdade de medicina se sentiram constrangidas, ou sofreram com algum tipo de agressão de natureza sexual. "Há um clima que de alguma forma propicia ou favorece que casos graves aconteçam, e é o que estamos vendo agora com as denúncias que surgiram. São denúnicas de situações extremamente graves, extremamente sérias que ocorreram no ambiente universitário."
Há um clima que de alguma forma propicia ou favorece que casos graves aconteçam, e é o que estamos vendo agora com as denúncias que surgiram. São denúnicas de situações extremamente graves, extremamente sérias que ocorreram no ambiente universitário"
Maria Fernanda Peres,
professora da FMUSP
CPI sobre violência nas universidades
As denúncias acabaram levando os deputados estaduais a aprovarem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar se há omissão dos gestores da USP e de outras universidades paulistas na hora de lidar com os casos de abuso e discriminação de gênero, racista ou homofóbica.
A professora Maria Fernanda foi ouvida pela CPI na última terça-feira (20) e apresentou alguns dados da sua pesquisa. Ela afirmou que sua pesquisa foi feita com o conhecimento da direção e da Comissão de Graduação da FMUSP, e que ela repassou os dados finais aos órgãos da faculdade.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da FMUSP afirmou que não havia conseguido apurar se os dados foram entregues oficialmente, mas citou três medidas que já adotou para "coibir violência no campus": o Núcleo de Acolhimento e Escuta (NAEE), para das apoio e orientação às vítimas, o Núcleo de Estudos e Ações em Direitos Humanos (NEADH), e uma Ouvidoria para "receber, registrar, qualificar e encaminhar as manifestações de alunos, funcionários, docentes e membros da comunidade externa, além de mediar os conflitos entre os envolvidos".
Hábitos de saúde
Maria Fernanda explica que a coleta de dados foi feita em um período de três meses, entre setembro de dezembro de 2013, e que cada estudante da faculdade recebeu, em seu e-mail particular, um link individual para responder ao questionário de forma anônima. Embora na medicina haja mais estudantes homens do que mulheres, na pesquisa, a participação foi maior entre as alunas mulheres (51% contra 49%).
A pesquisa também mediu alguns hábitos dos estudantes em relação à qualidade de vida e ao estresse. Do total de participantes, 10% trabalham, 46,7% namoram ou possuem companheiro ou companheira, 75% se declaram de cor branca e 69% nasceram na cidade de São Paulo.
Segundo a pesquisa:

12% dos estudantes fumam

30% já usaram drogas

82% se acham sobrecarregadospela faculdade de medicina

33% já pensaram em desistir do curso pelo menos uma vez
Além disso, 12% dos estudantes disseram que fumam, e 30% disseram que já consumiram algum tipo de droga (26% mencionaram ter consumido maconha, 3% ecstasy e cocaína, e 7% tomaram algum medicamento sem prescrição médica.
No mês anterior à pesquisa, 40% afirmaram que consumiram algum tipo de bebida alcoólica e 24,9% deles disse que beberam mais de 5 drinks em pelo menos duas ocasiões.
A grande maioria dos estudantes (83,7%) concordou com a afirmação de que a faculdade altera a sua rotina de saúde negativamente, 38,1% disseram que ficam sem dormir na véspera das provas, e 82% disseram que se sentem sobrecarregados pelas atividades do curso. "Chama atenção que 33,12% dos estudantes pensam ou já pensaram em abandonar o curso pelo menos alguma vez", diz o relatório.
Apesar de a taxa de resposta ter sido de cerca de um terço do universo total de alunos, a professora diz que ela está dentro dos parâmetros de estudos internacionais feitos por meio de formulários na internet.
"É um primeiro estudo que aborda essa questão de uma maneira mais sistemática e, com uma amostra de 317 alunos, permite a gente ter uma primeira aproximação do problema", explicou.
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Quarto ato contra aumento da tarifa tem detidos e vandalismo no Centro

23/01/2015 21h30 - Atualizado em 23/01/2015 21h41

Quarto ato contra aumento da tarifa tem detidos e vandalismo no Centro

Protesto chegava ao fim quando explosão precipitou o tumulto.
Bombas de gás foram usadas para dispersar manifestantes.

Marcelo Mora e Roney DomingosDo G1 São Paulo
Terminou em confusão o quarto ato contra o aumento da tarifa do transporte público, no Centro de São Paulo, nesta sexta-feira (23). Quatro agências bancárias foram depredadas e a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar mascarados. Organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), o ato tinha como objetivo criticar o reajuste das passagens de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,50.

(O G1 acompanhou a manifestação em tempo real, com fotos e vídeos)
O tumulto começou às 20h30, na Rua Conselheiro Crispiniano, perto da Avenida São João. Segundo a PM, rojões foram jogados na direção dos policiais; já o MPL afirma que a corporação é quem começou.
O protesto, que até então seguia pacífico, chegava ao fim quando uma explosão fez com que manifestantes corressem e PMs usassem armamento não letal. Quatro pessoas, incluindo um jovem com ferimento na cabeça, foram detidas. Um repórter do jornal "O Estado de S.Paulo" foi atingido por uma bala de borracha e um manifestante, ferido na boca.
Cavaletes de trânsito e até uma tábua de passar roupa foram desmontados por mascarados, que usaram os pedaços de madeira para depredar. Lixeiras foram quebradas e o lixo foi colocado no meio da rua. Agências do Bradesco, do Santander e da Caixa, na região da Praça da República, foram vandalizadas e tiveram seus vidros quebrados.
 Segundo a Polícia Militar, 1,2 mil pessoas participaram do ato; já o MPL estima um número bem superior: 5 mil. Ainda de acordo com a corporação, 1,1 mil agentes acompanharam o protesto.
A concentração ocorreu em frente ao Theatro Municipal, no fim da tarde. Uma catraca foi queimada minutos antes do ato. Às 18h25, os manifestantes começaram a andar por ruas do Centro em direção à Praça da República. No trajeto, passaram em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, e à Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí. Ambos os edifícios tinham reforço policial.
Por causa do horário, a maioria das lojas e agências bancárias da região central estava fechada, o que facilitou a caminhada. Por segurança, o acesso à Estação São Bento do Metrô na Rua Boavista foi fechado.
Nesta manifestação, integrantes do MPL criaram um cordão em frente à faixa que abre o protesto e não permitiram que ninguém passasse por ele. O cordão era imediatamente seguido pela passeata, que ficava envelopada pela PM (policiais dos dois lados do grupo não permitiam a passagem pelas laterais).
Por volta das 19h, um temporal fez com que os manifestantes usassem capas e guarda-chuvas. A precipitação durou cerca de 40 minutos. Quando o ato chegou em frente à Câmara, dois manifestantes mascarados queimaram uma bandeira do Brasil.
Terceira manifestação
A terceira manifestação contra o reajuste percorreu ruas e avenidas da Zona Leste de São Paulona noite de terça-feira (20). O ato foi pacífico, mas houve um tumulto na Estação Belém do Metrô após o encerramento da manifestação.
O grupo começou a se concentrar na Praça Sílvio Romero, no Tatuapé, e seguiu pela Rua Serra de Bragança e por vias do bairro até a Radial Leste, que chegou a ficar totalmente bloqueada por alguns minutos.

Eles ingressaram no sentido Centro da Radial Leste e andaram até o terminal Belém. A manifestação foi acompanhada por policiais militares que, diferentemente dos outros atos, não aplicaram o chamado envelopamento – quando uma linha caminha ao lado dos manifestantes bloqueando os acessos laterais.
Um grupo que participou do ato caminhou até a Estação Belém do Metrô aos gritos de "vamos pular a catraca". Eles encontraram os portões fechados. Alguns chutaram os portões e começou um tumulto com a Força Tática da PM. Os policiais dispersaram o grupo, que cruzou a passarela sobre a Radial Leste. Algumas bombas de efeito moral estouraram do outro lado da via. A situação se acalmou em poucos minutos.
Segunda manifestação
O segundo protesto convocado pelo MPL terminou em correria e tumulto no Centro na última sexta-feira. Ao menos oito manifestantes foram detidos, segundo a PM. A corporação diz que foi alvo de fogos de artifício e reagiu com "munição química". O resultado foi uma sequência de explosões entre a Praça do Patriarca e o Viaduto do Chá.
Além da interdição de diversas vias importantes do Centro, de pessoas reclamando do gás e da finalização precoce do ato e vandalismo contra agências bancárias, o desfecho novamente colocou MPL e PM se acusando mutuamente.

Para o MPL, a polícia cometeu "ataques gratuitos" e o trabalho de advogados ativistas foi dificultado no 78º Distrito Policial. Ainda no Centro ao fim da noite, o major da PM Victor Fedrizzi disse que a reação “não foi desproporcional” e que a corporação agiu porque um grupo lançou rojões contra os policiais em frente à Prefeitura.

Primeira manifestação
No dia 9 de janeiro, a primeira manifestação contra a tarifa terminou com 53 detidos. Três agências bancárias tiveram vidros e caixas eletrônicos quebrados. Duas concessionárias tiveram vidros quebrados. Barricadas com lixo queimado foram usadas para bloquear trechos da Avenida Angélica e da Rua Haddock Lobo. O tumulto começou por volta das 19h20 e se estendeu por mais de uma hora.
Manifestante ferido e detido pela PM MPL (Foto: Reprodução/TV Globo)Manifestante ferido foi detido; seu rosto foi borrado porque não se sabe sua idade (Foto: Reprodução/TV Globo)

Agência da Caixa ato MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)Agência da Caixa ato MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)
Fachada Santander MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)Fachada Santander MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)
Metrô MPL Centro manifestação (Foto: Marcelo Mora/G1)Metrô MPL Centro manifestação (Foto: Marcelo Mora/G1)

Jovem máscara MPL Centro (Foto: Marcelo Mora/G1)Jovem máscara MPL Centro (Foto: Marcelo Mora/G1)

Manifestação MPL Centro  (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo )Manifestação MPL Centro (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo )
Manifestantes MPL Centro Viaduto do Chá (Foto: Marcelo Mora/G1)Manifestantes MPL Centro Viaduto do Chá (Foto: Marcelo Mora/G1)
Manifestantes MPL Centro catraca (Foto: Roney Domingos/G1)Manifestantes MPL Centro catraca (Foto: Roney Domingos/G1)
Manifestantes reúnem-se em frente ao Theatro Municipal, na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (23), para mais um ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa dos transportes públicos em São Paulo.  (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)Manifestantes reúnem-se em frente ao Theatro Municipal. (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)
PM alinhada ato MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)PM alinhada ato MPL Centro (Foto: Roney Domingos/G1)
Manifestante MPL Centro Theatro Municipal (Foto: Marcelo Mora/G1)Manifestante MPL Centro Theatro Municipal (Foto: Marcelo Mora/G1)

Japão segue sem notícias de reféns sequestrados pelo Estado Islâmico

Agencia EFE
24/01/2015 03h40 - Atualizado em 24/01/2015 03h41

Japão segue sem notícias de reféns sequestrados pelo Estado Islâmico

Prazo após pedido de resgate milionário de reféns terminou há 24 horas.
Governo asiático diz que tenta confirmar se os cidadãos estão vivos.

Da EFE
Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra dois reféns japoneses; grupo ameaçou mata-los em 72 horas caso não receba US$ 200 milhões de resgate (Foto: AP)Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra dois reféns japonese e pede resgate (Foto: AP)
O governo do Japão segue sem ter notícias neste sábado (24) dos dois japoneses sequestrados pelo Estado Islâmico (EI), um dia depois que completou o prazo dado pelo grupo jihadista para o pagamento de um resgate no valor de US$ 200 milhões.
O ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, revelou que o governo continua tentando confirmar se os reféns estão vivos e que, "por enquanto, não há nenhuma informação sobre seu estado".
Kishida falou com a imprensa após uma reunião de crise em Tóquio na residência do primeiro-ministro, Shinzo Abe, à qual também compareceram outros membros do Gabinete.
Por sua vez, o vice-ministro das Relações Exteriores, Yasuhide Nakayama, responsável pela equipe especial que está em Amã, a capital da Jordânia, para tentar solucionar a crise dos reféns, disse que a situação permanece "tensa" e "difícil", uma vez que o prazo dado pelos jihadistas acabou e sem que, aparentemente, o EI tenha feito qualquer anúncio desde então.
"Vamos continuar focados em conseguir informações de diversas fontes e agir em consequência", explicou Nakayama aos meios de comunicação japoneses na noite de sexta, na capital jordaniana. Além disso, o vice-ministro garantiu que a prioridade do governo é "salvar vidas humanas".
Entenda o caso
Em um vídeo publicado na internet na última terça-feira, um suposto membro do grupo jihadista deu um prazo de 72 horas ao governo do Japão para pagar US$ 200 milhões e evitar a execução de dois reféns de nacionalidade japonesa.
Uma vez cumprido o prazo nesta sexta-feira, as autoridades de Tóquio garantiram que continuarão fazendo o possível para libertar os reféns.
O governo revelou que mantém contato com países como Jordânia e Turquia para, através deles, conseguir chegar a autoridades religiosas e líderes locais que ajudem o Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.
Muhammed Ibrahim, um membro do grupo opositor sírio Coalizão Nacional Síria (CNFROS), revelou, por sua vez, à emissora pública japonesa 'NHK' que seu grupo está ajudando o Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.
Ibrahim explicou que alguns membros da coalizão estão recolhendo informações sobre os reféns a pedido do governo japonês.
Os dois japoneses sequestrados pelo Estado Islâmico são Kenji Goto, um conhecido jornalista freelancer de 47 anos, e Haruna Yukawa, um homem de 42 anos que aparentemente viajou à Síria para montar uma empresa de segurança e que acabou se unindo a um grupo rebelde, rival do EI.
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