quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Grupo de amigos cria spray biodegradável que substitui água na descarga

por Isabela Leite

Grupo de amigos cria spray biodegradável que substitui água na descarga

Grupo de amigos cria spray biodegradável que substitui água na descargaTrês amigos recém-formados na Universidade de Caxias do Sul criaram um dispositivo que elimina o uso de água na hora da descarga para descarte da urina. No lugar da água, um spray biodegradável preso à louça é acionado por um botão ao lado do vaso sanitário. A substância higieniza e tira o odor, segundo os criadores.
Por acionamento, o spray usa 1 ml de água e garante economia de mais de 2,2 mil litros por mês, promete o projeto. No caso dos dejetos sólidos, o procedimento segue mesmo, com a descarga comum.
Em imóveis antigos, a descarga consome em torno de 12 litros ou até mais por uso. Se a válvula for mais moderna, o gasto pode cair para 6 litros para dejetos sólidos e 3 litros para urina. Para colocar o produto o spray biodegradável no mercado, o grupo montou uma 'start up' em Bento Gonçalves e deu entrada no pedido de patente da ideia.
O dispositivo foi testado em casas, escolas e prédios públicos antes de começar a ser fabricado. O grupo já investiu R$ 20 mil do próprio bolso e busca investidores para ampliar a produção. O foco é o mercado paulista, principalmente empresas que procuram alternativas para reduzir o consumo e amenizar os efeitos da crise hídrica no estado.
Alternativa para economia
A ideia surgiu em 2010, quando o então estudante de comércio internacional em Caxias do Sul Ezequiel Vedana da Rosa, de 26 anos, passou a questionar o uso excessivo de água para dispensar a urina. Ele fez uma pesquisa de mercado e percebeu que, para reduzir o consumo, seria preciso gastar mais dinheiro, como trocar a bacia sanitária ou adaptar o sistema hidráulico para válvulas econômicas.
Grupo de amigos cria spray biodegradável que substitui água na descarga
A partir de 2012, com a ajuda de dois amigos - Ariane Tamara Pelicioli (formada em psicologia), de 23 anos, e 
Bruno Rafael de Souza (formado em Marketing e Planejamento estratégico), de 28 anos - ele desenvolveu o projeto e criou o produto ao longo de dois anos. Como não tinham formação específica em engenharia ou química, a equipe contratou um especialista para ajudá-los no desenvolvimento da fórmula e no dispositivo.

O modelo do spray biodegradável para residências tem preço estimado de até R$ 35, com refil com capacidade para 250 acionamentos que custa entre R$ 5 e R$ 6. Já o modelo para indústrias e locais de grande movimento pode ser usado para 5 mil acionamentos. A proposta é usar o dispositivo também em banheiros químicos e sanitários de ônibus. Quem quiser testar o dispositivo, pode se cadastrar no site da 'start up'.

> Deixe sua dica de economia nos comentários ou envie através do VC no G1.

Alto-falante sem fio espirra água no ritmo da música; assista ao vídeo

08/01/2015 05h00 - Atualizado em 08/01/2015 05h00

Alto-falante sem fio espirra água no ritmo da música; assista ao vídeo

SuperSonic combina jatos de água e luzes de LED para criar efeito especial.
Caixa de som já está à venda nos Estados Unidos e custa US$ 30.

Gustavo PetróDo G1, em Las Vegas (EUA) – o repórter viajou a convite da Kingston
Os alto-falantes estão fazendo sucesso na CES 2015, com fabricantes apresentando modelos de várias formas e tamanhos – e todos sem fio. Alguns conseguem se diferenciar de outros, como um exemplar que espirra um pequeno chafariz de água no ritmo da música. Assista ao vídeo acima.
De acordo com a SuperSonic, a fabricante do aparelho, a água serve apenas para dar uma nova estética ao alto-falante e não tem nenhuma influência no som. Mas, combinado com luzes coloridas de LED, o efeito é interessante. É possível ainda parear várias unidades por meio de conexão bluetooth para aumentar o volume do som, como a empresa demonstrou na CES.

Chamativos, os alto-falantes da SuperSonic já estão há venda nos Estados Unidos por US$ 30.
Alto-falantes da Super Sonic espirram chafariz de água no ritmo da música (Foto: Gustavo Petró/G1)Alto-falantes da Super Sonic espirram chafariz de água no ritmo da música (Foto: Gustavo Petró/G1)

Todos aos lápis

Todos aos lápis

Assim os cartunistas de todo o mundo estão se solidarizando com o Charlie Hebdo

"Je suis Charlie", ou seja, "Eu sou Charlie". A frase, escrita sobre um fundo negro, se transformou em hashtag, trending topic e lema dos surpresos e indignados em todo o mundo pelo atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo, na manhã desta quarta-feira, que acabou com a vida de 12 pessoas em Paris.
Muitas mensagens tomaram as redes, tornando-se virais: a última publicada pela revista no Twitter, o cartum premonitório de um dos ilustradores feridos, um número infindável de velhas capas da revista e antigos desenhos da equipe doCharlie, além de veementes chamados à ação e contra a censura.
Mas a reação mais espetacular foi a de seus companheiros de atividade, ilustradores de todo o mundo que em poucos minutos encheram o Twitter de vinhetas de solidariedade à revista. Em alguns casos, tiradas do arquivo, em outros, desenhadas no momento à toda velocidade, quase todas muitíssimo compartilhadas pelos usuários. Estas foram algumas das homenagens gráficas mais compartilhadas:
1. A vinheta da The New Yorker, um trabalho antigo em que aparece a seguinte inscrição em cima de um quadro em branco: “Desfrute esta piada cultural, étnica, religiosa e politicamente correta de forma responsável. Obrigado.”
2. O tuíte do francês Plantu, que desenha para o Le Monde eL’Express. Um lápis de tinta ensanguentada escreve as palavras “ de todo coração, com Charlie Hebdo”.
3. O tuíte do francês Cyprien, que atua no YouTube: um lápis quebrado em uma poça vermelha com o texto “é um drama para a França”.
4. David Pope, do australiano The Camberra Times. "Ele desenhou primeiro", diz.
5. As mensagens das revistas El Jueves e Orgullo y Satisfacción.
6. A obra do cartunista político holandês Ruben L. Oppenheimer na qual dois lápis formam uma alegoria das Torres Gêmeas.
7. A homenagem do francês Zep aos caricaturistas mortos e a vinheta de Martin Vidberg ("Eu sou desenhista da imprensa. Hoje sou jornalista. Hoje desenho pelo Charlie Hebdo"). Ambos do Le Monde.
8. As ilustrações dos chilenos Francisco J. Olea, Malaimagen e Montt e dos argentinos Liniers e Erlich.
9. A vinheta de Joep Bertrams, de Amsterdam.
10. O desenho sem palavras de Ann Telnaes, do Washington Post.
11. O manifesto do desenhista francês Jean Jullien.
12. A vinheta de Forges, de El País.

Ataque a sede de semanário francês em Paris mata ao menos 12 a tiros

Ataque a sede de semanário francês em Paris mata ao menos 12 a tiros

O mais jovem dos suspeitos se entregou à polícia

Jornal já havia sofrido um ataque em 2011

Stéphane Charbonnier, o diretor da revista que vivia sob escolta, está entre os mortos

Ao menos 12 pessoas morreram e quatro correm risco de morte em consequência do ataque com fuzis automáticos ocorrido na manhã de quarta-feira contra a sede da revista semanária satírica Charlie Hebdo, em Paris, segundo dados oficiais. No atentado, um dos mais graves da história da França, participaram três homens. Dois deles entraram no jornal vestidos de preto, encapuzados e armados com fuzis Kalashnikov ao grito de "Alahu al akbar" ("Deus é grande"). A polícia francesa identificou três dos supostos autores do atentado, informa Alfonso L. Congostrina. Segundo essa documentação, dois dos três supostos terroristas são irmãos de nacionalidade francesa (Saïd e Chérif, de 34 e 32 anos). O terceiro homem é Hamyd M, de apenas 18.
O mais jovem dos três homens procurados se entregou à polícia. Compareceu por volta das 23h da quarta-feira no horário local, na delegacia de Charleville-Mézières, na região de Ardennes, depois de comprovar que seu nome circulava nas redes sociais, segundo informou a agência France Presse. O jovem é suspeito de ter ajudado os dois irmãos que entraram na redação do Charlie Hebdo. Paralelamente, a polícia francesa já interrogou várias pessoas relacionadas aos três terroristas.
O ataque ocorreu pouco depois das 11h (8h, no horário de Brasília). Os dois terroristas já entraram atirando no hall do jornal. Durante mais de dez minutos, os agressores efetuaram pelo menos 30 disparos contra os jornalistas e funcionários da publicação. Em alguns momentos, segundo uma testemunha citada por vários veículos da França, eles gritavam os nomes de jornalistas. Dezenas de funcionários refugiaram-se na terraço do edifício, situado no bulevar Richard Lenoir, no 11º distrito da capital francesa.
Entre os mortos já confirmados está o diretor da revista, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, e os cartunistas Georges Wolinski (um dos mais famosos desenhistas do mundo, conhecido como símbolo da revolução maio de 1968), Jean Cabut e Tignous. Também foi confirmada a morte do economista e colunista Bernard Maris, membro do Conselho Geral do Branco da França. Foi confirmada também as mortes de dois policiais, um deles identificado como Franck D. (assassinado dentro da redação), e Ahmed Merabet, morto na rua, e Michel Renaud, um visitante que estava no jornal naquele momento.
O último tuíte da revista é uma caricatura do Estado Islâmico.
Charb dirigia a revista desde 2009 e vivia sob escolta policial desde 2011,ano em que a editora sofreu um ataque. Tanto ele quanto outros funcionários do semanário recebiam ameaças constantes. A última capa da Charlie Hebdo foi dedicada aolivro Soumission (Submissão,em português), de Michel Houellebecq, que descreve o futuro da França caso o presidente fosse muçulmano.
Após o atentado, os criminosos gritaram "Alá é grande" e fugiram em um carro -- que foi abandonado a algumas quadras do local. De acordo com testemunhas, eles falavam em francês "sem sotaque".
O presidente francês visitou o local pouco após o atentado. "É um ato excepcional de barbárie”, declarou François Hollande, acompanhado do ministro do Interior, Bernard Cazaneuve. O chefe de Estado convocou uma reunião extraordinária do Governo, que elevou ao nível máximo o alerta antiterrorista. A segurança foi reforçada em veículos de imprensa, grandes estabelecimentos comerciais e no transporte público.
Charlie Hebdo estava especialmente protegido porque já havia sido alvo de ameaças e ataques menores nos últimos anos, especialmente por ter publicado, em 2006, caricaturas do profeta Maomé. Em 2011, foi atacado com coquetéis molotov e teve de fechar seus escritórios durante várias semanas. Entre as vítimas fatais do ataque de quarta-feira estão dois policiais que vigiavam a área. Uma das viaturas foi atingida por 15 tiros.
O último tuíte publicado pela revista é uma caricatura do autoproclamado chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al Baghdadi, acompanhado do comentário “meilleurs voeux” (boas festas).
A França está em alerta antiterrorista desde que iniciou sua participação nos bombardeios contra o Estado Islâmico no Iraque em setembro passado. Pelo menos 1.200 militares participam do dispositivo de alerta. Porta-vozes do EI pediram em diversos vídeos que os franceses sejam atacados em qualquer lugar do mundo.