quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pudera todo brasileiro ter essa coragem...
Divulgue.
Faça eco no Brasil e envie a todos quantos merecem,ela teve a coragem que muitos não tem, e colocou nome e profissão em risco para mostrar ao BRASIL e ao seu GOVERNO IMUNDO a sua indignação.


























































































NÃO É SÓ NO RIO DE JANEIRO QUE ISTO ACONTECE,







ACONTECE TODOS OS DIAS NO BRASIL REAL, NÃO NO BRASIL COR DE ROSA .










 Este texto equivale a um grito quase desesperado dessa facultativa, movido a revolta e indignação.
Ligada que está e convivendo com esse problema localizado no ambiente dramático da assistência médica no Brasil, ela sabe o que fala, e, com propriedade, dá o seu recado.
Essa mulher PORRETA está de parabéns!


 

Essa carta, não serve só pro Governo do Rio, e sim para todos os Governos, Federal, Estadual e Municipal, é só ter vergonha na cara, e lutar pelo povo, e não em causa própria.
CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO/RJ.

UMA  MÉDICA DE CORAGEM E CONVICÇÃO
Carta da Dra. MARIA ISABEL LEPSCH ao Governador do RIO DE JANEIRO, SÉRGIO CABRAL.
LEIA E DIVULGUE

Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em mundos bem diferentes.


Sou classe média, bem média, médica, pediatra, deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo.


Não conheço bem a sua história pessoal e certamente o
senhor não sabe nada da minha também.


Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho tive a oportunidade de frequentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público estadual.


Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de esmolas emergenciais em troca de leitos da dengue.


Parece-me que o senhor desconhece esta realidade.

O seu terceiro grau não foi tão suado assim, em universidade sem muito prestígio, curso na época pouco disputado, turma de meninos Zona Sul...

...Aprendi medicina em hospital de pobre, trabalhei muito sem remuneração em troca de aprendizado.


Ao final do curso, nova seleção, agora, para residência.


Mais trabalho com pouco dinheiro e pacientes pobres, o povo...


 Sempre fui doutrinada a fazer o máximo com o mínimo.

Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em salinhas refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o senhor nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor...
No início da década de noventa fui aprovada num concurso para ser médica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.


A melhor decisão da minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo, foi abandonar este cargo. 


Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro.


Dói assistir a morte por falta de recursos.
Dói, como mãe de quatro filhos, ver outros filhos de outras
mães não serem salvos por falta de condições de trabalho.


Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar cara-a-cara com o paciente como representante de um sistema de saúde ridículo, ter a possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma pseudo-medicina é doloroso, aviltante e uma enorme frustração.


Aprendi em muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e gosto muito do que eu faço.


Sou médica porque gosto.


Sou pediatra por opção e com convicção.


Não me arrependo.


Prometi a mim mesma fazer o melhor de mim.
É um deboche numa cidade como o Rio de Janeiro, num estado como o nosso assistir políticos como o senhor discursarem com a cara mais lavada que este é o momento de deixar de lenga-lenga para salvar vidas.


Que vidas, senhor governador ?


Nas UPAS?
Tudo de fachada para engabelar o povão!!!! 


Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao médico ? 


Os médicos não criaram os mosquitos.


Os hospitais não estão com problema somente agora.


Não faltam especialistas.
O que falta é quem  queira se sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar resolver emergencialmente a
omissão de anos.

A mídia planta terrorismo no coração das mães que desesperadas correm a qualquer sintoma inespecífico para as urgências...


Não há pediatra neste momento que não esteja sobrecarregado.


Mesmo na medicina privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda absurda de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones.


Todos em pânico.

E aí vem o senhor com a história do lenga-lenga. 


Acorde governador !

Hoje o senhor é poder executivo.


Esqueça um pouco das fotos com o presidente e com a mãe do PAC, esqueça a escolha do prefeito, esqueça
a carinha de bom moço consternado na televisão.


Faça a mudança!

Execute.

"Lenga-lenga" é não mudar os hospitais e os salários. 


Quem sabe o senhor poderia trabalhar como voluntário também.


Chame a sua família.

Venha sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha com babá, que o senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao trabalho para cuidar de um filho doente.


Venha  preparado porque as pessoas estão armadas, com pouca tolerância, em pânico.


Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do pobre, do povo e o senhor tenta virar o jogo.


A responsabilidade é sua, governador.

Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador ?

Dra. Ma. Isabel Lepsch
ICARAÍ Rua Miguel de Frias 51 sala 303 Tel: 2704-4104/9986- 2514
NITERÓI Av. Amaral Peixoto 60 sala 316 Tel: 2613-2248/2704- 410 4/9982- 8995
SÃO GONÇALO Rua Dr. Francisco Portela 2385 Parada 40 Tel: 2605-0193/3713-0879
Através da Divulgação é que podemos tentar ajudar a diminuir a
DESASISTÊNCIA TOTAL DO GOVERNO AOS HOSPITAIS PÚBLICOS DO BRASIL
'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos
desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o
silêncio dos bons".  Martin Luther King

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário