Manifestação lembra 22 anos do Massacre do Carandiru
Esses problemas podem ser agravar, na opinião dele, com a implementação de parcerias com o setor privado. “O setor privado está de olho no parque carcerário para transformar isso em um negócio”, alertou. Segundo ele, com isso, pode haver pressão para o endurecimento na aplicação das penas privativas de liberdade. “Quanto mais presos, mais lucro”, destacou.
No dia 2 de outubro de 1992, a Polícia Militar de São Paulo matou 111 presos em operação para controlar uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo. Conhecido como Carandiru, o presídio inaugurado em 1920 funcionava na zona norte da capital. O local chegou a abrigar 8 mil detentos no período de maior lotação. A unidade foi desativada e parcialmente demolida em 2002.
Em julgamento dividido em quatro etapas, 73 policiais foram condenados pelo massacre, recebendo penas entre 48 e 624 anos de reclusão.