domingo, 23 de novembro de 2014

Sócrates interrogado pelo juiz Carlos Alexandre.

 
13:31 23.11.2014

Sócrates interrogado pelo juiz Carlos Alexandre

José Sócrates está neste momento a ser interrogado pelo juiz Carlos Alexandre depois de ter passado uma segunda noite nas instalações no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP. A manhã foi agitada pelo vaivém de carros que transportaram além do antigo-primeiro-ministro, os outros três arguidos do processo. O advogado de Sócrates, João Araújo, voltou a dizer que poderá fazer declarações ainda hoje.

Governo acusa revista Veja de "manipulação jornalística"

Governo acusa revista Veja de "manipulação jornalística"

O Governo nega que Dilma, então ministra-chefe de Casa Civil, teria recebido por "mensagem eletrônica" de Costa um alerta sobre irregularidades detectadas em Pernambuco

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi acusada por revista de saber sobre esquema desde 2009, o que a Presidência negou 
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
O Governo acusou neste sábado a revista Veja de "manipulação jornalística por tentar insinuar" que, em 2009, a Presidência sabia da existência de desvios de recursos da Petrobras, investigada por um escândalo de corrupção que está atingindo partidos e políticos.
Em comunicado, a Presidência assinalou que "as práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que está em prisão domiciliar, só foram conhecidas em 2014 graças às investigações feitas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público".
Parte das investigações se baseiam em declarações de Costa, diretor de Abastecimento afastado do cargo em 2012 e detido no começo da Operação Lava Jato, e em depoimentos do dono de casas de câmbio Alberto Youssef, preso em Curitiba. Ambos aceitaram colaborar com a Justiça em troca de uma redução de pena.
De acordo com o comunicado, o Governo nega que Dilma, então ministra-chefe de Casa Civil, teria recebido por "mensagem eletrônica" de Costa um alerta sobre irregularidades detectadas nas obras da refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) detectadas por órgãos de fiscalização.
As irregularidades, detalhou a Presidência na nota à imprensa, foram informadas pela própria Petrobras, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e, após tomar medidas corretivas e avaliar as consequências, o Governo decidiu vetar a proposta de paralisação das obras.
A Presidência lembrou também que a Veja tentou "interferir no resultado das eleições presidenciais" quando, no dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno, antecipou para sexta-feira sua habitual edição que começa a circular aos sábados com uma reportagem sobre o mesmo assunto.
publicidade
Nessa ocasião, a Veja afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora Dilma conheciam o plano pelo qual a Petrobras cobrava comissão de construtoras para depois dividir esse dinheiro com políticos e partidos.
"Mais uma vez, a Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez vai fracassar", concluiu a Presidência.

Líder da oposição aciona Procuradoria contra 10 governistas.

Líder da oposição aciona Procuradoria contra 10 governistas

Ronaldo Caiado acredita que o governo federal atrasou, para depois das eleições, a divulgação de dados que "desnudariam graves erros de planejamento e gestão"

O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Foto: Divulgação
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder da oposição no Congresso Nacional, ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra 10 autoridades do governo federal. Ele acusa os governistas de terem adiado, para o período posterior às eleições, a divulgação de dados que "desnudariam graves erros de planejamento e gestão". 
“De todas as atrocidades cometidas nesta eleição, a mais vexatória, sem dúvida, foi o governo impondo a órgãos técnicos uma mordaça para que a população não soubesse a real situação do país. Mais do que ninguém, eles sabiam como estavam fazendo um mau governo e como isso não podia ser revelado durante as eleições”, afirmou, em nota, o deputado. 
A lista de autoridades acusadas por ele inclui ministros - como Guido Mantega (Fazenda), Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), Izabella Mônica Vieira Teixeira (Meio Ambiente) e Edison Lobão (Minas e Energia) - e presidentes e diretores de agências, como Alexandre Tombini (Banco Central), Volney Zanardi Júnior (IBAMA), Leonel Fernando Perondi (INPE), Marcelo Côrtes Neri (Secretário Especial para Assuntos Estratégicos), Suarez Dillon Soares (IPEA) e Romeu Donizete Rufino (ANEEL).
Entre os dados supostamente maquiados pelo governo, segundo o democrata, estão "aumento da miséria no País, avanço do desmatamento na Amazônia, queda na arrecadação, alta dos juros e represamento do preço dos combustíveis pela Petrobras". Para Caiado, os acusados devem responder pelo de Crime de Responsabilidade (1.079/50) e por Improbidade Administrativa (8.429/92).

Com Kátia Abreu e aceno pró-mercado, novo ministério é a antítese da Dilma-candidata.

Com Kátia Abreu e aceno pró-mercado, novo ministério é a antítese da Dilma-candidata

Foto: Waldemir Barreto/Agência SenadoFoto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Amigo petista, amigo tucano. Tente puxar pela memória o que você fazia na manhã de 22 de outubro de 2014. Há exato um mês, se bem nos ajuda a memória, os primeiros pegavam em armas para defender as conquistas sociais, a estrada rumo ao igualitarismo, a vitória dos trabalhadores contra o capital.
Os últimos, por sua vez, espalhavam adesivos e empunhavam bandeiras contra o Estado Máximo e o tal bolivarianismo, esse risco enorme de dormir num quarto pago a prestações e acordar com dois ou três sem-tetos cubanos na sala de visitas.
A batalha retórica, alimentada por militantes e candidatos, recolheu os panos tão logo foi encerrada a campanha. O líder oposicionista fez um ou outro discurso anti-tudo isso que está aí e tirou férias. Aos vencedores sobraram as batatas e o abacaxi, ilustrado pela posição do noticiário em 22 de novembro do mesmíssimo ano. Neste dia, quem quisesse saber das noticias de política tinha de ler o caderno de economia. E quem quisesse saber dos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tinha de ler o caderno de política. É como se, encerradas as eleições, o noticiário político puro evaporasse para um plano ideal. No chão, ele se divide entre o dinheiro e o caso de polícia. Daí talvez o estranhamento de quem condena as supostas malversações entre público e privado, mas aceita de bom grado dações empresariais para campanha.
Durante a eleição, Dilma e o estafe petista atacaram com todas as armas as relações dos oposicionistas com o mercado. Marina Silva foi metralhada por sua proximidade com uma herdeira do Itau e sua proposta de independência do Banco Central. Aécio Neves foi triturado por resgatar o “cozinheiro” da recessão: corte de despesas, aumento de juros, retração do consumo, redução dos salários e do poder de compra. Quem acompanhou os debates na tevê tinha a impressão de estar diante de um embate de modelos bem claros de desenvolvimento: mal resumindo, um pró-patrão, outro, pró-trabalhador. O nó é que sem os primeiros não se governa, e sem os segundos, não se ganha eleição.
Mas quem ganha a eleição precisa governar, e isso em si despacha a principal dúvida sobre o caminho a ser seguido pela presidenta reeleita neste segundo mandato que já começou: se ela radicalizaria as mudanças exigidas pelos movimentos que aderirem em peso à sua campanha (reforma política, lei da mídia, reforma agrária, taxação de grandes fortunas, mais regulação do sistema financeiro, punição a desmatadores, etc) ou se levantaria a bandeira branca ao mercado que a rejeitava. 
Leia também:

Farc vai libertar general do exército colombiano e outros quatro reféns.

Farc vai libertar general do exército colombiano e outros quatro reféns

sábado, 22 de novembro de 2014 15:43 BRST
 
[-Texto [+]
BOGOTÁ (Reuters) - Um general do Exército da Colômbia, seus dois companheiros e outros dois soldados capturados pela guerrilha das Farc serão libertados, disse neste sábado o presidente Juan Manuel Santos, em ato que permitirá a continuação das negociações de paz que buscam por fim a um conflito armado de meio século.
O presidente disse que já tem em seu poder as coordenadas dos locais onde os reféns serão libertados.
A captura do general Rubén Darío Alzate há uma semana com uma advogada e um suboficial em uma vila próxima à cidade de Quibdo, levou Santos a suspender as negociações de paz realizadas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) há dois anos em Cuba.
Santos condicionou a continuidade do diálogo à libertação do oficial, assim como dos soldados Paulo César Rivera e Jonathan Andrés Díaz, sequestrados durante confrontos com o exército no departamento de Arauca, uma área de óleo e de gado na fronteira nordeste com a Venezuela.
"Uma vez que as coordenadas foram recebidas estou dando instruções para facilitar a liberação para a próxima semana", escreveu Santos em sua conta no Twitter.
A logística para os reféns estará a cargo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
As Farc, que tem cerca de 8 mil combatentes e é considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, descreveu os soldados como prisioneiros de guerra e sua entrega futura como um gesto de paz.
(Reportagem de Nelson Bocanegra)

Terremoto de magnitude 6,8 atinge região central do Japão; sem alerta de tsunami.

Terremoto de magnitude 6,8 atinge região central do Japão; sem alerta de tsunami

sábado, 22 de novembro de 2014 14:17 BRST
 
[-Texto [+]
Por Elaine Lies
TÓQUIO (Reuters) - Um terremoto de magnitude preliminar 6,8 atingiu a região central do Japão na noite de sábado, deixando ao menos cinco pessoas presas sob os escombros de casas que desabaram, informou a emissora estatal de televisão NHK.
A Agência Meteorológica do Japão disse que não foi emitido alerta de tsunami após o tremor, que pôde ser sentido na capital Tóquio, a 180 quilômetros de distância.
A NHK disse que ao menos cinco pessoas ficaram presas em casas que desabaram no vilarejo de Hakuba, um resort de esqui na região de Nagano, mas uma delas foi resgatada e as equipes estavam tentando salvar as outras. Houve também relatos de ao menos outras 10 pessoas feridas.
O chefe de gabinete do governo, Yoshihide Suga, disse a repórteres que uma unidade avançada dos militares japoneses foi enviada à área, e que outras estavam preparadas.
Trens de alta velocidade tiveram o serviço interrompido, mas depois voltaram ao normal, disse a agência de notícias Kyodo.
Não houve sinais de irregularidades na usina nuclear Kashiwazaki Kariwa, da Tokyo Electric Power Co (Tepco), de acordo com um porta-voz da unidade, acrescentando que as verificações ainda estavam sendo realizadas no local, que está com todos os reatores atualmente desligados.
O Japão, situado no "Anel de Fogo" de vulcões e fossas oceâncias que circunda em parte a Bacia do Pacífico, é atingido por cerca de 20 por cento dos terremotos no mundo com magnitude 6,0 ou superior.
Em março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 ocorrido no mar a norte da cidade japonesa de Sendai provocou um tsunami que devastou áreas enormes na costa japonesa e matou quase 20.000 pessoas. O tremor e o tsunami também danificaram a usina nuclear de Fukushima Daiichi, causando vazamentos e o pior acidente nuclear do mundo em 25 anos.
(Reportagem adicional de Olivier Fabre)

Rússia buscará novos parceiros se petroleiras ocidentais deixarem o país, diz ministro.

Rússia buscará novos parceiros se petroleiras ocidentais deixarem o país, diz ministro

sábado, 22 de novembro de 2014 13:37 BRST
 
[-Texto [+]
MOSCOU (Reuters) - Moscou irá buscar novos parceiros em países que não impuseram sanções contra os russos caso as companhias de gás e petróleo do Ocidente abandonem projetos na Rússia, disse o ministro de Energia, Alexander Novak, neste sábado, segundo a agência de notícias RIA.
As sanções sobre o papel russo na crise da Ucrânia têm tido como alvo a entrega de tecnologia para o petróleo, bens e serviços, visando tornar mais difícil para Moscou o acesso a novas fontes de petróleo.
"Caso as companhias (ocidentais) decidam por elas mesmas não fazer parte da organização dos projetos de investimento no longo prazo, nós vamos convidar investidores de países que não impuseram sanções contra nós e nossas companhias de gás e petróleo", disse Novak, em resposta a uma pergunta feita em encontro com estudantes.
A Rússia, maior exportador de energia do mundo, depende de exportações de gás e petróleo para cerca de metade de seu orçamento federal. As sanções afetam sua exploração offshore no Ártico e o desenvolvimento de reservas de petróleo difíceis de recuperar.
A empresa norte-americana Exxon Mobil teve que suspender trabalhos na exploração offshore no Ártico com a produtora de petróleo russa Rosneft e a Royal Dutch Shell suspendeu o desenvolvimento de petróleo de difícil recuperação na formação Bazhenov com a Gazprom Neft.
A Rosneft concordou em aprofundar a cooperação com a China National Petroleum Corporation, incluindo projetos de gás natural e possíveis ofertas de gás natural para a China.
(Reportagem de Polina Devitt)